Taís de Almeida faz estragos na perna australiana do WQS. Foto arquivo: Surfingaustralia.com.

A atleta de Saquarema (RJ), Taís de Almeida busca um lugar entre as melhores atletas do mundo.

Destaque nas competições nacionais, a competidora conhecida pelas manobras potentes e o talento para dropar as maiores, quer voar ainda mais alto.

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Na perna australiana deste ano, ela mostrou que também sabe fazer bonito nas valinhas e arrancou um excelente segundo lugar no WQS de Soldiers Beach, Central Coast.

A atleta pretende conquistar um lugar na elite do surf mundial. Foto arquivo: Aleko Stergiou.

No fim do ano passado, Taís conquistou a terceira posição na etapa do WQS em Haleiwa, Hawaii, e ficou ainda mais motivada para buscar um lugar entre as melhores do mundo.

?Este resultado me deixou mais confiante para começar bem este ano. Minha expectativa é grande. Comecei com um bom resultado e agora vou manter o foco, pois meu objetivo é fazer parte da elite mundial?, conta determinada.

De acordo com a atleta, seu treinamento consiste em ficar o maior tempo possível dentro da água. ?Mesmo quando o mar está pequeno, procuro treinar bastante para me dar bem também nesta condições?, explica.

E o treino deu resultado. Prova disso foi o bom desempenho de Taís no WQS de Soldiers Beach. “O mar estava muito pequeno e as séries demoravam pra entrar. Mas, quando entravam eram perfeitas. Tinha que estar bem posicionada para pegá-las?, lembra.

Na segunda bateria, a surfista arrancou um high score (9.00) dos juízes e mostrou que realmente não estava para brincadeira. ?Consegui o notão logo na primeira onda e depois descolei 5.67 na segunda, passando em primeiro para semifinal?, diz Taís.

Segundo ela, a final foi de poucas ondas. ?Fiz a melhor nota (8.17) na metade da bateria e precisava de 4.8 pontos para ser campeã. Peguei uma onda quase no final, mas não consegui os pontos suficientes?, conta.

Esta foi a segunda trip da surfista pela Austrália. ?O país respira surf. São muitas opções com ondas boas. O que mais me encantou foram as praias desertas
do Oeste australiano?.

Enquanto estava por lá, ela não ficou sozinha. Muito pelo contrário. “Viajei com a Juliana Quint, Silvana Lima e a Marina Werneck, minhas companheiras de treino”, revela.

Focada nos campeonatos, Taís aproveitou o tempo livre para treinar nas praias próximas aos locais das provas. ?Na região de Newcastle, surfei em Merewether, Soldiers e em picos que não lembro o nome. Logo depois fui pra Perth, e treinei em Margaret River, Left Hand, North Point e South Point”, enumera.

O objetivo deste ano da competidora é disputar algumas etapas do SuperSurf, mas o foco está no WQS. ?Quero muito conquistar um espaço na elite?, afirma.

Tendo a Oakley como principal patrocinador, a atleta encontrou o suporte que faltava para disputar as principais provas do circuito ao redor do mundo. ?O surf feminino está crescendo e cada vez mais somos reconhecidas fora do país. Só temos a crescer e alcançar bons resultados nas etapas do mundial. Quem sabe, nos próximos anos teremos mais brasileiras no WCT??.

A próxima parada de Taís no WQS é o Mr Price Pro, etapa de nível cinco estrelas que rola entre 3 e 7 de julho em Durban, África do Sul.