Nesta quarta-feira, 01 de fevereiro, Chris Bertish este completando 60 dias e cerca de 2.000 milhas percorridas em sua tentativa de ser a primeira pessoa a atravessar o Oceano Atlântico, sem suporte, remando em um stand up paddle.
Bertish alcançou monumental marca de 34° W de longitude no oceano Atlântico. Esta localização o coloca alinhado ao ponto mais oriental da América do Sul continental, ou seja, o remador está literalmente no meio do oceano e agora entrando no caminho direto dos ventos alísios oceânicos, que ajudarão a impulsioná-lo em direção a sua meta de alcançar a costa atlântica norte-americana, agora a cerca de 2.600 milhas a oeste de sua posição atual.
Chris Bertish iniciou esta gigantesca empreitada em 6 de dezembro de 2016, lançando-se do continente de Agadir, Marrocos e remando em direção às Ilhas Canárias em 20 de dezembro. Como relatou ao New York Times, toda a viagem levará cerca de 4.000 milhas de mar aberto, sozinho, remando o equivalente a mais de uma maratona por dia, por mais de 90 dias.
Nos primeiros 16 dias da expedição, apesar de terríveis condições meteorológicas e de inúmeros desafios técnicos, Chris conseguiu quebrar o recorde mundial de SUP travessia solo e sem assistência de 300 milhas previamente estabelecido por Bart de Zwart. Chris passou a estabelecer um novo recorde mundial de remada em mar aberto, tornando-se também a primeira pessoa a remar entre o continente de Marrocos e as Ilhas Canárias. Todos os dias desde então, o remador amplia a sua marca do recorde mundial novo e já viajou mais de 1.750 milhas, alcançando 34 ° W de longitude.
Chris Bertish não é um novato no universo das grandes aventuras. Ele já realizou uma série de expedições, sendo indicado diversas vezes ao SUP Awards Top Expedition, oferecido pela revista norte-americana SUP The Mag e vencedor do troféu Nightjar Adventurer of the Year Award, em 2014, sendo eleito o “aventureiro do ano”. Chris também foi o vencedor do Mavericks Invitational em 2010, que é um dos mais importantes campeonatos de Big Surfe do mundo.
Sua experiência com ondas grandes, aliada a seus muitos anos de planejamento meticuloso, preparação e navegação, juntamente com o vasto conhecimento adquirido a várias travessias atlânticas são ativos inestimáveis ??para o sucesso do SUP Crossing. Chris fazia parte da equipe Trinidad and Tobago’s, Crash Test Dummies Sailing Team, que no final dos anos 1990, que ganhou a Antigua Sailing Week, no Caribe. Este que será o mesmo local onde Chris estará terminando sua expedição, que estima-se, seja concluída nas primeiras duas semanas de março.
O SUP TRANSATLÂNTICO
Batizado de “ImpiFish”, o stand up paddle utilizado por Chris foi desenvolvido especificamente para essa travessia. O projeto foi inspirado nas embarcações a remo que fazem parte do desafio de remada oceânica Talisker Rowing Teams.
Muitos aspectos dessas embarcações foram essenciais na concepção do SUP, como a cabine estanque onde Chris é capaz de se abrigar para se proteger de tempestades. Além disso, ela está equipada com uma série de dispositivos de geolocalização e rádios para garantir que o remador seja localizado no caso de uma eventualidade.
Chris e a maioria dos viajantes transatlânticos definiu seu curso em uma rota aparentemente mais longa mas que, no entanto, se favorece de variáveis como correntes e ventos na direção certa. É por isso que sua marca atual é de 34 ° W de longitude no Oceano Atlântico, que o coloca diretamente nos ventos alísios e ao norte da ponta mais oriental da América do Sul.
Seu objetivo, além da quebra do recorde, é arrecadar fundos para a fundação sul africana LunchBox, que cuida de crianças carentes em seu país e chamar a atenção da comunidade internacional para a importância da preservação dos oceanos.
Doações para a travessia podem ser feitas através do link: thesupcrossing.com/donate/
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