O escritor australiano Tim Winton, autor de obras de não-ficção, contos, livros infantis e romances esteve no último sábado (12/9) na XIV Bienal Internacional do Livro, que acontece entre os dias 10 e 20 de setembro no Rio de Janeiro (RJ).
Seu livro intitulado Fôlego, que chegou ao Brasil em 2008 e já está caminhando para sua segunda tiragem, conta como as aventuras da adolescência de Pikelet em cima de uma prancha de surf o ajudaram a crescer.
A busca angustiante de seus personagens durante boa parte de seus romances e a descrição detalhista do mar são traços característicos da narrativa de Winton.
Na Bienal, o escritor australiano participou no espaço Café Literário de um papo com o também escritor David Wroblewski sobre o tema “Tornando-se adulto em páginas de romance”.
Quando perguntado sobre a que ele atribui o sucesso do livro em lugares de culturas tão diferentes, Winton diz: “Realmente não sei. Escrevo de um lugar diferente e com uma geografia muito particular, a costa Oeste da Austrália. Por isso é uma surpresa que a história tenha encontrado audiência em tantos países e culturas diferentes”.
Sobre sua ligação com o oceano, o escritor mencionou que desde pequeno mergulha, pesca, surfa e ainda hoje faz isso com a paixão que marcou sua identidade.
“O oceano é muito importante em meu trabalho e minha vida. O surf e as criaturas do mar alimentam minha imaginação. Uma vez que você nadou ao lado de uma baleia, surfou com golfinhos ou mergulhou com tartarugas, fica viciado”, afirma o escritor.
Questionado sobre o que lhe tira o fôlego, Winton foi enfático “O longo sofrimento da natureza, em particular dos oceanos é o que me tira o fôlego”, conclui.
Tim Winton também aproveita sua primeira vinda ao Brasil para lançar por aqui seu outro romance, A mulher perdida, livro passado na Europa e escrito anos depois de voltar da França para a Austrália.