Arnette Pro Junior

Time brazuca reage

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Marco Fernandez avança à quarta fase com o maior somatório do dia. Foto: Aleko Stergiou.

Caio Ibelli segue firme na busca pelas primeiras colocações do ranking. Foto: Aleko Stergiou.

As oito baterias pendentes da terceira fase da categoria Masculino rolaram neste sábado e o esquadrão brazuca reagiu no Quiksilver apresenta Arnette ASP World Junior Championship 2011 no Rio de Janeiro (RJ).

 

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Dos cinco brasileiros que caíram na água, Marco Fernandez, Ítalo Ferreira, Caio Ibelli e Ian Gouveia venceram e estão na quarta fase. Luel Felipe não surfou bem e acabou eliminado. 

 

Destaque para o baiano Marco Fernandez, que demonstrou sintonia com as ondas e cravou a maior nota (9.33) e o maior somatório do dia (15.33).

 

“Na Indonésia, perdi exatamente no terceiro round e estou muito feliz por ter passado de fase aqui no Rio. Achei aquela direita consistente, ela abriu até o meio da praia e rendeu o high score. Agora é manter o foco em busca do título”, manda o local da paradisíaca praia de Arembepe.

 

Em função das péssimas condições no Arpoador, a direção de prova decidiu – depois de duas chamadas na parte da manhã – reiniciar o evento às 13:30 horas no palanque alternativo da praia do Diabo, pico localizado entre o Arpex e a praia de Copacabana. 

 

No primeiro confronto do dia, Luel Felipe encarou o australiano Garret Parkes, terceiro colocado da primeira etapa e um dos líderes do ranking. O aussie começou muito bem e colocou o pernambucano em combinação ainda nos primeiros minutos depois de quebrar duas boas direitas. 

 

Luel não se intimidou, buscou a reação, mandou bem em uma direita da série e ficou precisando de uma nota na casa dos 7.00 pontos para virar. As ondas até apareceram, mas as notas não foram suficientes e o time brasileiro sofreu a única baixa do dia (14.93 a 14.77).

 

A segunda bateria foi um clássico latino-americano. O argentino Santiago Muniz e o peruano Cristobal De Col duelaram pela vaga. O peruano liderou o confronto de ponta a ponta e carimbou seu passaporte à quarta fase. (12.23 a 10.57)

 

Vale destacar, os atletas apresentaram surf polido – com manobras modernas e bem executadas – e confirmaram a franca evolução dos surfistas do continente. “O Rio é um lugar muito bonito, com ótimas ondas. Fui bem na bateria, consegui manter a calma, escolher as ondas certas e venci. Fiquei um pouco triste pelo fato do Santiago ser meu amigo, mas campeonato é isso mesmo”, comenta Cristobal.

 

Marco Fernandez caiu na água contra o americano Dane Zaun na terceira bateria do dia e mandou muito bem. Em sintonia total com as direitas do Diabo, o baiano cravou 9.33 pontos na sua melhor onda depois de uma finalização insana, deixou o adversário em combinação durante grande parte do duelo e garantiu a segunda vaga brasileira na quarta fase com um ataque sólido de frontside. (15.33 a 10.00).

 

Na quarta bateria, o neozelandês Matt Lewis surfou o suficiente e derrotou o sul-africano Beyrick De Vries por pequena vantagem (13.43 a 13.03). 

 

Ítalo Ferreira defendeu a bandeira brasileira na quinta bateria contra o americano Conner Coffin, terceiro colocado da primeira etapa ao lado de Garret Parkes.

 

Local de Santa Bárbara, um dos templos do surf nos EUA, Coffin não foi páreo para o backside afiado do potiguar, que ditou o ritmo, liderou o confronto desde o início e passou à quarta fase com excelente somatório (14.27 a 7.00).

 

“Estou muito feliz. Tudo o que eu queria era vencer essa bateria, dar o troco no Coffins e graças a Deus deu tudo certo. Caí contra ele na primeira fase e perdi com uma virada na última onda”, conta Ítalo.

 

No sexto duelo, o havaiano Keanu Asing e o australiano Thomas Woods bateram de frente. Asing escolheu melhor as ondas e garantiu seu lugar na quarta fase (12.30 a 11.34).

 

O sétimo confronto marcou a terceira vitória da esquadra brazuca no dia. Caio Ibelli, brasileiro melhor colocado na primeira etapa (5o lugar), aproveitou as direitas até a última gota e mandou para casa o japonês Hiroto Arai (13.24 a 7.30).

 

Caio, que apesar de ser Sub 20 corre a divisão principal do surf nacional, exibiu vasto repertório de manobras progressivas, mandou aéreos irados e com uma performance consistente, segue vivo na luta pelo caneco da temporada.

 

“Acertar os aéreos aqui no Diabo é difícil. A onda balança muito. Ainda bem que minha prancha funcionou, deu tudo certo e consegui avançar. Agora é manter o foco e passar bateria por bateria. É muito legal representar o Brasil, competir em casa com a praia lotada e torcida na areia”, afirma Ibelli.

 

O último duelo do dia coroou a reação brazuca na etapa. Ian Gouveia encarou Evan Thompsom e eliminou o norte-americano. Filho do legend Fabio Gouveia, o jovem atleta viu seu adversário boiar na maior parte do tempo, não perdoou, soltou o pé nas direitas e fez o final de tarde da torcida brasileira ficar ainda mais feliz. (11.67 a 9.17).

 

“As séries demoram muito. Dei sorte de achar duas ondas boas no começo e assumir a liderança. Ele boiou na maior parte do tempo, tentou reagir no final, mas já era tarde e fiquei com a vaga. As vitórias de hoje provam que o Brasil está sendo muito bem representado pela galera”, afirma Ian.

 

Um nova chamada acontece às 9 horas deste domingo no Arpex.