O bicampeão Andy Irons pode repetir o feito de Slater, Occy e Sunny e conquistar o título mundial da temporada em águas brasileiras. Foto: ASP World Tour / Aaron Chang. |
O campeão mundial da temporada pode voltar a ser consagrado no Brasil, feito que já aconteceu três vezes, com Kelly Slater (EUA) em 1992, Mark Occhilupo (Aus) em 1999 e Sunny Garcia (Haw) em 2000, todas quando a etapa brasileira do WCT era sediada no Rio de Janeiro.
O havaiano Andy Irons tem como único concorrente ao tricampeonato mundial consecutivo o australiano Joel Parkinson, mas só depende dele mesmo para faturar o título de 2004 por antecipação, antes mesmo da etapa final em Banzai Pipeline, no Hawaii.
Assim como no ano passado, o Nova Schin Festival WCT Brasil 2004 terá sua sede principal instalada na praia da Joaquina, mas o evento é móvel e será realizado onde estiverem rolando as melhores ondas no litoral catarinense.
Kelly Slater defende o título do Nova Schin Festival Brasil e será uma das atrações do evento. Foto: ASP World Tour / Tostee. |
“Estou com um problema no pescoço, então preferi ficar concentrado somente na organização do evento, que é um projeto que nasceu na minha cabeça e que eu carrego com muito carinho. Ele resgata justamente esse espírito de Festival dos campeonatos de antigamente aqui na ilha, como o Op Pro e o Hang Loose. Sempre achei que no Rio de Janeiro a gente sumia dentro de uma cidade tão grande, tão acostumada a ter eventos enormes. Já aqui no Sul, os surfistas são os grandes esperados durante todo o ano, porque aqui a cidade respira surfe”, falou Teco, com entusiasmo.
Teco Padaratz não compete este ano para se dedicar integralmente à organização do campeonato. Foto: Tostee/ASP World Tour. |
Teco Padaratz também anuncia algumas novidades nesta segunda edição do Nova Schin Festival WCT Brasil. “Elas começam com a parte noturna. Os shows que no ano passado foram realizados lá no Planeta Atlântida (no norte da ilha), agora serão mais perto do evento, no Lagoa Iate Clube, no dia primeiro de novembro. As atrações são o Cidade Negra e o surfista Donovan Frankenreiter. Outra novidade é que vamos poder usar o canto direito da praia Mole e com isso a gente comporta todos os tipos de ventos predominantes aqui na região, o sul-sudeste e o norte-nordeste. No caso de uma ondulação muito grande, temos outras opções como a praia do Campeche e a da Vila, em Imbituba. Queremos evitar Garopaba, mas se bombar um Silveira clássico a gente pode ir para lá, mas de uma maneira mais planejada para tentar minimizar ao máximo o impacto ambiental na praia. No mais, a Nova Schin será novamente o patrocinador principal, com co-patrocínio do Governo do Estado de Santa Catarina e Tropical Brasil, além de alguns apoiadores novos como o portal Terra, que será o site oficial do evento junto com o da ASP. Mas, é importante ressaltar o apoio incondicional do governador Luis Henrique da Silveira desde que apresentamos o primeiro projeto”, destaca Padaratz.
“Aquela multidão que acompanhou as locações no ano passado surpreendeu todo mundo. A gente esperava um bom público, mas não tanto como foi. E o glamour deste evento é a própria mobilidade dele, é o ponto carismático do campeonato, é uma visão que eu tinha de alguns anos atrás, que eu imaginei que era possível fazer isso aqui, ajudando também a divulgar e a distribuir o turismo em outras praias do nosso litoral e não concentrando tudo em Florianópolis. Lutei muito na ASP para conseguir a licença para realizar um evento que desse uma boa qualidade de surfe aos competidores e também desse assistência aos surfistas, para que eles realmente sejam tratados como grandes ídolos que são, como grandes estrelas de uma juventude que busca referências saudáveis. O Andy Irons e o Slater pegam ondas insanas e isso é um exemplo de determinação, de coragem, de dedicação muito grande e eu acho muito sadio poder estar perto, acompanhando a trajetória desses caras, para que até os nossos novos atletas se inspirem neles e tenham uma nova visão de profissionalismo para suas carreiras”, continua Teco Padaratz, que também torce por uma boa participação dos surfistas brasileiros, que não vivem uma boa temporada no WCT este ano.
“O evento no Brasil é sempre uma interrogação para os brasileiros, porque da mesma forma que eles conhecem melhor as ondas daqui, eles sofrem uma pressão muito maior do que nos outros lugares. O Peterson (Rosa) deu uma retomada com bons resultados na ‘perna européia’ e o único de todos os títulos mundiais que o Brasil ainda não conquistou é o de campeão do WCT. Dominamos o WQS, agora na categoria Junior sempre chegamos com reais chances de ganhar e o feminino está vindo com muita força. Continuamos no caminho certo, revelando valores, realizando grandes campeonatos e logo teremos um campeão do mundo”, completa Padaratz.