Billabong Rio Pro

Toledo é 10

0

Filipe Toledo dá show na Barra da Tijuca (RJ) e arranca primeira nota 10 no WCT. Foto: © ASP / Smorigo.

Adriano de Souza também avança direto às quartas do Billabong Rio Pro. Foto: © ASP / Kirstin.

Gabriel Medina investe nos aéreos e se dá bem na Barra. Foto: © ASP / Kirstin.

Depois do show na terceira fase do Billabong Rio Pro, os tops da elite mundial retornaram ao outside para as duas fases seguintes da prova na Barra da Tijuca.

 

Clique aqui para ver o vídeo

 

Clique aqui para ver as fotos

 

As condições do mar pioraram no decorrer dos confrontos e as séries passaram a ficar escassas, dificultando a vida dos atletas.

 

O grande destaque do dia foi o jovem paulista Filipe Toledo, autor da sua primeira nota 10 na elite mundial. Assim como Filipinho, Adriano de Souza e Gabriel Medina fizeram bonito neste sábado e também estão classificados às quartas-de-final da etapa brasileira do WCT.

 

Na abertura da quarta fase, Adriano teve muito trabalho para derrotar o australiano Taj Burrow, um dos seus maiores rivais no WCT.

Taj começou forte com 9.33, mas teve dificuldade para melhorar seu somatório e viu Adriano ganhar força na água.

Como sempre, o brasileiro não entregou os pontos e partiu pra cima das direitas do Postinho para reagir em grande estilo.

Bem encaixado nos tubos, Adriano tomou a liderança com notas 7.57 e 8.33, deixando Taj em segundo e o norte-americano Nat Young em terceiro.

Disposto a dar o troco no brasileiro, Taj detonou outra direita no Postinho e chegou a receber outra nota expressiva (9.13), mas foi punido pelos juízes por cometer interferência em Nat Young, que tinha a prioridade.

De acordo com as regras da ASP, quando há prioridade na bateria e o atleta comete interferência, ele é punido com a perda de uma nota. Já em situações sem prioridade, o surfista é penalizado com a perda de 50% da sua segunda melhor nota.

Como a regra da ASP mudou este ano e a quarta fase passou a contar com prioridade, Taj se deu mal e ficou sem chance de reação.

Na segunda bateria, as séries demoraram muito a aparecer e o australiano Adrian Buchan roubou a cena em um dos confrontos mais esperados da fase. Com todas as atenções voltadas para Kelly Slater e Gabriel Medina, Buchan encontrou um canudo de backside que fez a diferença.

A nota 8.10 deixou Buchan em boa situação, já que Medina e Slater não conseguiam encontrar nada no outside. O brasileiro até tentou reagir com alguns tubinhos, mas nada que ameaçasse a liderança do australiano.

Slater tentou ser mais seletivo na escolha de ondas, mas não foi feliz na tática e amargou o terceiro lugar.

No terceiro duelo, o havaiano Sebastian Zietz voltou a mostrar que não está para brincadeira em sua primeira temporada na elite mundial e comandou as ações com notas 9.77 e 4.33, contra 6.67 e 5.17 do taitiano Michel Bourez e apenas 3.10 e 2.93 do irlandês Glenn Hall, que vinha embalado pela vitória sobre o atual campeão mundial Joel Parkinson na fase anterior.

Para fechar a quarta fase com chave de ouro, o garoto Filipe Toledo mostrou toda a sua ousadia para passar por Jordy Smith e Mick Fanning.

Nem um tubo nota 10 de Jordy Smith – primeira nota máxima do Billabong Rio Pro – foi capaz de intimidar Filipinho na bateria. Sob chuva, o surfista de Ubatuba levantou a plateia ao mandar um belíssimo alley-oop com rotação completa no ar. Não satisfeito, ele emendou com um aéreo reverse na junção para responder Jordy à altura, também com 10 pontos.

O brazuca já tinha 8.43 em uma direita atacada com um tubo e uma batida. Com a nota máxima – a primeira em sua carreira no WCT -, Filipinho assumiu a liderança e deixou Jordy a 8.43 da virada, enquanto Fanning estava perdido no outside.

 

Enquanto os vencedores da quarta fase avançaram direto às quartas-de-final, os perdedores tiveram uma nova chance na fase seguinte.

 

No primeiro confronto, Kelly Slater conseguiu manter a freguesia contra Taj Burrow. Eles travaram uma dura batalha e o resultado foi apertado: 15.10 a 14.03 para o norte-americano, autor de um verdadeiro espetáculo na terceira fase da prova, quando pegou um canudo atrás do outro e foi premiado com 9.97, 8.77, 9.00 e 9.70 nas melhores ondas.

No segundo duelo, Gabriel Medina chegou a ficar atrás no placar contra o norte-americano Nat Young, que saiu na frente com 7.27. Porém, Young teve muita dificuldade para descolar outra nota expressiva e Medina passou a dominar o outside, mandando aéreos de front e de back.

O brasileiro chegou a acertar um superman, mas os juízes deram 6.87. Para ampliar vantagem, ele mandou um aéreo de back sem colocar as mãos na prancha e acertou uma batida na junção, arrancando 7.33.

 

Quartas-de-final

 

1 Adriano de Souza (Bra) x Kelly Slater (EUA)

2 Adrian Buchan (Aus) x Gabriel Medina (Bra)

3 Sebastian Zietz (Haw) x Mick Fanning (Aus)

4 Filipe Toledo (Bra) x Jordy Smith (Afr)

 

Leia mais

 

Postinho high-score