Billabong Rio Pro

Toledo é 10

Filipe Toledo, Billabong Rio Pro 2013, Barra da Tijuca (RJ)

Filipe Toledo dá show na Barra da Tijuca (RJ) e arranca primeira nota 10 no WCT. Foto: © ASP / Smorigo.
Adriano de Souza também avança direto às quartas do Billabong Rio Pro. Foto: © ASP / Kirstin.
Gabriel Medina investe nos aéreos e se dá bem na Barra. Foto: © ASP / Kirstin.

Depois do show na terceira fase do Billabong Rio Pro, os tops da elite mundial retornaram ao outside para as duas fases seguintes da prova na Barra da Tijuca.

 

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As condições do mar pioraram no decorrer dos confrontos e as séries passaram a ficar escassas, dificultando a vida dos atletas.

 

O grande destaque do dia foi o jovem paulista Filipe Toledo, autor da sua primeira nota 10 na elite mundial. Assim como Filipinho, Adriano de Souza e Gabriel Medina fizeram bonito neste sábado e também estão classificados às quartas-de-final da etapa brasileira do WCT.

 

Na abertura da quarta fase, Adriano teve muito trabalho para derrotar o australiano Taj Burrow, um dos seus maiores rivais no WCT.

Taj começou forte com 9.33, mas teve dificuldade para melhorar seu somatório e viu Adriano ganhar força na água.

Como sempre, o brasileiro não entregou os pontos e partiu pra cima das direitas do Postinho para reagir em grande estilo.

Bem encaixado nos tubos, Adriano tomou a liderança com notas 7.57 e 8.33, deixando Taj em segundo e o norte-americano Nat Young em terceiro.

Disposto a dar o troco no brasileiro, Taj detonou outra direita no Postinho e chegou a receber outra nota expressiva (9.13), mas foi punido pelos juízes por cometer interferência em Nat Young, que tinha a prioridade.

De acordo com as regras da ASP, quando há prioridade na bateria e o atleta comete interferência, ele é punido com a perda de uma nota. Já em situações sem prioridade, o surfista é penalizado com a perda de 50% da sua segunda melhor nota.

Como a regra da ASP mudou este ano e a quarta fase passou a contar com prioridade, Taj se deu mal e ficou sem chance de reação.

Na segunda bateria, as séries demoraram muito a aparecer e o australiano Adrian Buchan roubou a cena em um dos confrontos mais esperados da fase. Com todas as atenções voltadas para Kelly Slater e Gabriel Medina, Buchan encontrou um canudo de backside que fez a diferença.

A nota 8.10 deixou Buchan em boa situação, já que Medina e Slater não conseguiam encontrar nada no outside. O brasileiro até tentou reagir com alguns tubinhos, mas nada que ameaçasse a liderança do australiano.

Slater tentou ser mais seletivo na escolha de ondas, mas não foi feliz na tática e amargou o terceiro lugar.

No terceiro duelo, o havaiano Sebastian Zietz voltou a mostrar que não está para brincadeira em sua primeira temporada na elite mundial e comandou as ações com notas 9.77 e 4.33, contra 6.67 e 5.17 do taitiano Michel Bourez e apenas 3.10 e 2.93 do irlandês Glenn Hall, que vinha embalado pela vitória sobre o atual campeão mundial Joel Parkinson na fase anterior.

Para fechar a quarta fase com chave de ouro, o garoto Filipe Toledo mostrou toda a sua ousadia para passar por Jordy Smith e Mick Fanning.

Nem um tubo nota 10 de Jordy Smith – primeira nota máxima do Billabong Rio Pro – foi capaz de intimidar Filipinho na bateria. Sob chuva, o surfista de Ubatuba levantou a plateia ao mandar um belíssimo alley-oop com rotação completa no ar. Não satisfeito, ele emendou com um aéreo reverse na junção para responder Jordy à altura, também com 10 pontos.

O brazuca já tinha 8.43 em uma direita atacada com um tubo e uma batida. Com a nota máxima – a primeira em sua carreira no WCT -, Filipinho assumiu a liderança e deixou Jordy a 8.43 da virada, enquanto Fanning estava perdido no outside.

 

Enquanto os vencedores da quarta fase avançaram direto às quartas-de-final, os perdedores tiveram uma nova chance na fase seguinte.

 

No primeiro confronto, Kelly Slater conseguiu manter a freguesia contra Taj Burrow. Eles travaram uma dura batalha e o resultado foi apertado: 15.10 a 14.03 para o norte-americano, autor de um verdadeiro espetáculo na terceira fase da prova, quando pegou um canudo atrás do outro e foi premiado com 9.97, 8.77, 9.00 e 9.70 nas melhores ondas.

No segundo duelo, Gabriel Medina chegou a ficar atrás no placar contra o norte-americano Nat Young, que saiu na frente com 7.27. Porém, Young teve muita dificuldade para descolar outra nota expressiva e Medina passou a dominar o outside, mandando aéreos de front e de back.

O brasileiro chegou a acertar um superman, mas os juízes deram 6.87. Para ampliar vantagem, ele mandou um aéreo de back sem colocar as mãos na prancha e acertou uma batida na junção, arrancando 7.33.

 

Quartas-de-final

 

1 Adriano de Souza (Bra) x Kelly Slater (EUA)

2 Adrian Buchan (Aus) x Gabriel Medina (Bra)

3 Sebastian Zietz (Haw) x Mick Fanning (Aus)

4 Filipe Toledo (Bra) x Jordy Smith (Afr)

 

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