SuperSurf Internacional

Tomas Hermes cresce no Sul

Tomas Hermes, SuperSurf Internacional 2011, Xangri-lá, Atlântida (RS)

Tomas Hermes crava maior nota e somatório na última bateria do dia. Foto: Daniel Smorigo / ASP South America.
Felipe Teixeira também avança em Xangri-lá com bom desempenho. Foto: Daniel Smorigo / ASP South America.
Potiguar John Max escolhe a prancha certa e barra catarinenses na estreia. Foto: Daniel Smorigo / ASP South America.

Sol, céu azul e boas ondas de até 2 metros na Plataforma de Atlântida para a abertura do SuperSurf Internacional 2011 no litoral Norte do Rio Grande do Sul.

 

No primeiro dia da etapa do WQS de nível 5 estrelas, que marca a estreia da cidade de Xangri-lá no Circuito Mundial, foram realizadas as 16 baterias da rodada inicial e as quatro primeiras da segunda fase.

 

O destaque da quarta-feira foi o catarinense Tomas Hermes, que fez os recordes do campeonato na última bateria do dia. Ele achou um belo tubo para somar nota 8.83 no placar de 15.56 pontos de 20 possíveis.

“Eu não tinha ouvido a nota, mas sabia que tinha sido uma boa nota porque fiquei muito ‘deep’ dentro do tubo e acabei saindo com o ‘spray’, então a nota tinha que sair”, vibra Tomas Hermes.

 

“Eu fiquei observando o mar o dia todo e vi que tinha bons momentos de tubo aqui no inside. Quando eu entrei na onda, segurei, acabou rodando, procurei me manter lá dentro o máximo possível. Consegui sair na boca do tubo e estou bem feliz por ter começado tão bem o campeonato”, diz o catarinense.

Outro catarinense, Felipe Teixeira, avançou junto com Tomas Hermes surfando boas ondas também na bateria que fechou a quarta-feira em Xangri-lá.

 

Até ali, os recordistas do SuperSurf Internacional 2011 eram o paulista Magno Pacheco e o potiguar John Max. Eles foram os melhores nas 16 baterias da primeira fase, pois o catarinense era um dos cabeças-de-chave que entram direto na segunda rodada da competição. Magno arrancou uma nota 8.00 na sua melhor onda e John Max tinha o maior somatório das duas notas computadas, 13.60 pontos.

“Estou muito feliz por conseguir a maior nota  (8.0)0 – do campeonato até agora”, disse Magno Pacheco, depois da vitória sobre Wilson Nora (BA) e Tiago Bianchini (SC) na 12ª bateria da primeira fase.

 

“O mar está difícil, não tem pico definido, quebra onda lá atrás, na frente, então procurei ficar nas intermediárias e foi ali que peguei essa onda ‘high score’ (nota alta). Consegui acertar duas manobras fortes lá dentro, no inside dei mais uma e bom que os juízes gostaram”, diz Magno.

John Max disputou a sétima bateria e derrotou os catarinenses Leonardo Gianotti, Marcos Pastro e o argentino Santiago Muniz. “Treinei bastante pra esse campeonato e vim com as pranchas certas pra cá, porque eu tinha visto a previsão e sabia que o mar ia estar assim, grande”, conta John Max.

 

“Eu consegui me posicionar legal lá dentro para pegar as ondas certas e vencer a bateria. Foi show. O mar está um pouco difícil, as ondas meio gordas, mas deu para surfar legal”, completa o potiguar.

Grande esperança de título para os gaúchos, o cabeça-de-chave Rodrigo Dornelles, que já defendeu o Brasil na divisão de elite do ASP World Tour, foi barrado logo em sua primeira apresentação na quarta-feira. O surfista de Fernando de Noronha (PE), Patrick Tamberg, ganhou esta bateria e já havia vencido a que abriu o campeonato na praia de Atlântida.

“O mar foi difícil hoje (quarta-feira), no sábado vai subir de novo, mas surfista que é surfista tem que competir em qualquer condição”, diz Patrick Tamberg. “Eu sabia que ia ser difícil enfrentar o Pedra (Rodrigo Dornelles), que conhece bem as ondas daqui, mas procurei me manter calmo e escolher bem as ondas. Foi o que fiz e deu certo”.

Neste confronto, que abriu a segunda fase do SuperSurf Internacional 2011, o maranhense Alvaro Bacana ganhou a briga pela segunda vaga de Rodrigo Dornelles, mas tudo foi decidido na última série de ondas que entrou no minuto final da bateria.

 

O gaúcho foi eliminado junto com o português Eduardo Fernandes. Com isso nenhum estrangeiro avançou na quarta-feira, pois os quatro que entraram na primeira fase também não passaram das suas estreias em Xangri-lá.

Estrangeiros barrados A curiosidade do primeiro dia foi a inédita participação de surfistas da Turquia no Circuito Mundial da ASP. Só que os dois não conseguiram surfar nenhuma onda nas suas baterias.

 

“Só fiquei remando, remando, remando, mas estou feliz assim mesmo. Hoje é meu aniversário, queria ter passado, mas está bom”, fala Emin Cihan Akca.

“Estou feliz também por ser o primeiro da Turquia a disputar uma bateria no Circuito Mundial”, continua Akca. “Lá não tem muitas ondas, surfo sempre num mar gelado e escolhi o Brasil para isso porque sempre ouvi falar muito bem daqui, que tem boas ondas, o clima é bom, lindas mulheres, então quero aproveitar bem tudo isso”.

O outro turco é Orcun Kavusturan, que estava registrado erroneamente ser da Tunisia. O argentino Santiago Muniz e o norte-americano Johnny Noris foram os outros estrangeiros derrotados pelos brasileiros na primeira fase.

 

Na abertura da segunda rodada, o português Eduardo Fernandes também ficou em último na bateria. Agora, restaram quatro surfistas de outros países que ainda vão estrear nesta quinta-feira na praia de Atlântida.

A primeira etapa do SuperSurf Internacional 2011 recomeça às 8 horas em Xangri-lá. A previsão é fechar a segunda fase da competição para completar os 12 confrontos da rodada dos 48 melhores do campeonato, que prossegue até domingo no Rio Grande do Sul.

 

Na segunda bateria do dia, estreia o campeão do Circuito SuperSurf 2010 que faturou um Peugeot zerinho de prêmio especial, o paranaense Caetano Vargas. Sua primeira participação será contra três brasileiros, Ricardo Ferreira (SP), Petterson Thomaz (SC) e Cesar Aguiar (PE).

O evento oferece premiação de US$ 120 mil e vale 2.000 pontos para o ASP World Ranking. Para assistir as baterias ao vivo, acesse o site SuperSurf.

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