Gabriel Medina

Top luta pela liderança

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Gabriel Medina treinando seus voos no Taiti. Foto: © WSL / Cestari.

 

Com o Circuito chegando à reta final, o brasileiro Gabriel Medina segue firme na luta pela liderança do ranking na oitava etapa do Samsung Galaxy Championship Tour, em Trestles, Califórnia/EUA.

 

Em uma onda propícia às manobras arrojadas que gosta de executar, o brasileiro surfa pensando em nova vitória. “Trestles é uma onda muito boa, que dá para fazer qualquer tipo de manobra. High performance. Quebra para a esquerda e direita. Um lugar bom para dar aéreo, manobras mais modernas”, comenta.

 

“Vou dar meu máximo. Toda bateria entro para ganhar e agora não vai ser diferente. Vai vencer quem for mais inteligente, escolher as ondas certas”, destaca Gabriel, que já venceu em Trestles, em 2012, num evento Prime do QS, e ano passado ficou em terceiro. “Já venci num mar perfeito. Tirei algumas notas dez. Foi um campeonato que me diverti bastante. Estava surfando com os melhores do Mundo e era muito novo”, lembra.

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Gabriel Medina em ação nas rampas de  Lower Trestles, Califórnia (EUA), no ano passado. Foto: Guilherme Solano.

 

Depois de Trestles, o Tour terá mais apenas mais três etapas – França, Portugal e a final no Havaí. “Estou em terceiro. Esperava mais pontos, mas não fugiu muito do que planejei na minha cabeça. Estou pensando positivo. Acredito que vai dar tudo certo. São ótimas ondas, que eu gosto. Agora é concentrar bateria por bateria e espero ue sejam bons eventos e o mais justo possível”, afirma.

 

O surfista de Maresias, São Sebastião, acredita que a disputa pelo título deva ficar entre ele, o havaiano John John Florence, atual líder, e o australiano Matt Wilkinson, que esteve na ponta do ranking em seis etapas. “Pode entrar mais alguém, mas no momento estamos mais distanciados”, avalia o primeiro brasileiro campeão mundial de surfe, título comemorado em 2014.

 

Neste ano, Gabriel Medina venceu a etapa de Fiji e foi terceiro no Rio de Janeiro e Taiti, numa bateria disputadíssima contra John John, valendo a ponta do ranking. “Taiti foi complicado. Ainda estou digerindo. Nem quis assistir a bateria na internet. Ouvi falar muito, vários comentários, mas não há muito o que fazer. Quem decide são os cinco juízes. Eu faço o meu papel, que é entrar na bateria e buscar o meu melhor”, fala. “Agora é pensar positivo e fazer o meu melhor”, complementa.

 

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Instituto Gabriel Medina deve começar a funcionar em 2017. Foto: Fábio Maradei.

Trabalho com jovens – Em paralelo à sua preparação e disputas para um novo título mundial, o surfista segue animado com a construção do Instituto Gabriel Medina, em Maresias. A iniciativa tem como proposta aplicar a mesma metodologia de treinamento empregada no ídolo esportivo para alcançar o posto de número 1 do Mundo a uma turma inicial de 60 jovens, dos dez aos 16 anos.

 

O espaço passa a funcionar em 2017, oferecendo academia para exercícios físicos, piscina, auditório, salas de aulas, refeitório. A construção da sede está sendo feita com recursos próprios e a viabilização da estrutura será realizada pela Lei de Incentivo ao Esporte, do Ministério do Esporte. A documentação exigida pela legislação já foi protocolada e está sendo analisada para posterior captação junto às empresas.