Apesar de estar onipresente nos meios de comunicação por conta do acontecido com Mick Fanning na última etapa em Jeffrey’s Bay, a World Surf League tirou duas semanas de folga e retorna à ação neste sábado com a abertura da janela de competições da sétima etapa do ano, em Teahupoo, no Tahiti.
Foram duas semanas de bastante reflexão e trabalho para a maioria dos atletas, como o atual líder do ranking, Adriano de Souza, que tentou fazer o máximo possível nesses 15 dias de descanso: treinar, pensar, descansar e, claro, agir em forma de rasgadas ferozes nas ondas, chegando a participar do US Open de surf, etapa válida pela divisão de acesso, a WQS.
“Depois de tudo o que aconteceu eu sumi uns dias para unir o útil ao agradável: fui para a Califórnia, aproveitei o US Open de surf e o fato de meu treinador morar lá, treinei, competi e aproveitei para levar minha noiva para também ter uns momentos de descanso. Foi bom para esquecer os problemas e voltar mentalmente preparado para defender a liderança. Ela não me sobe a cabeça neste momento, pois o importante é sair líder da última etapa, mas é bom fazer a manutenção deste resultado, pois todo cuidado é pouco”, conta Mineirinho.
O episódio de J-Bay, segundo o brasileiro, já faz parte do passado: “O que aconteceu já passou, por sorte foi só um susto e acredito que uma alternativa para lidar com isso surgirá em breve, uma vez que existem muitas boas cabeças pensando juntas em relação a isso. Temos a consciência de que é algo incomum, mas que pode acontecer. A gente não pensa nisso e quando recebe um lembrete desta forma, com este susto, a gente dá uma chacoalhada. Mas já mudamos a chave.”
Restando apenas cinco etapas para o término da temporada – as mais variadas possíveis tecnicamente -, Adriano sabe que a consistência de resultados é ainda mais importante neste momento do ano para que ele consiga sair de Pipeline em dezembro como campeão. “Agora estamos entrando na reta decisiva do campeonato onde qualquer resultado pode fazer muita diferença no fim. Adoro a vibe do Tahiti e o lifestyle das pessoas, que vivem ao pé da natureza. Gosto de chegar cedo e já treinar no local de competição, especialmente aqui que tem ondas especiais e por isso dez dias antes. Espero poder brigar pelas primeiras posições”, completa.