Mick Fanning, que não muda quase nada em seus shapes (ou quilhas) há muito tempo, começou a desenvolver esse modelo com a FCS com base nas quilhas fixas que usava em suas pranchas. A FCS II MF é um modelo que realmente faz sucesso mundialmente, inclusive entre os Tops do Tour que, de vez em quando, usam e abusam delas em competição. Claro que as quilhas que levam a assinatura de um dos sujeitos mais rápidos do Tour oferecem muito drive (não são tão soltas) e velocidade.
Funcionam em beachbreak? Sim, contanto que você tenha um certo power aplicado nas curvas e manobras de ondas não muito “chochas”, lentas e gordas. Quanto mais longas as ondas, melhor, já que as características desse modelo de quilha foram desenvolvidas para point e reef breaks. Tem tudo a ver com a cara dela, que tem um outline alongado, base larga e uma boa inclinação para trás, o que projeta bem as curvas.
A construção denominada pela FCS de Performance Core apresenta uma espécie de espuma de alta resistência, moldada, que dá a forma ao que podemos chamar de a alma da quilha, revestida de fibra. Ela apresenta a base menos flexível do que a ponta, conforme a quilha vai ficando mais estreita e fina. Segundo o próprio Fanning, isso ajuda bastante na geração de velocidade e naquela “soltadinha” desejável no fim de manobras mais fechadas.
Outro detalhe que ajuda na transição de uma borda para outra e facilita as manobras é o foil que, apesar de ser flat na parte de dentro das quilhas laterais, é levemente chanfrado (arredondado, sem quina) na frente da quilha, antes de seguir com a face plana até atrás.
Mick venceu a etapa da WSL em J-Bay em 2016 e terá outra chance de mostrar como suas quilhas funcionam naquele tipo de onda. Ele usa quilhas grandes (large), mas você pode encontrar esse modelo também em tamanho M.