Tropical Brasil lança campanha polêmica

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A nova campanha publicitária da Tropical Brasil vem surpreendendo os leitores das revistas especializadas. Apostando numa linguagem inovadora, as peças trazem o top 45 do WCT Teco Padaratz no papel de personagens caricatos.

A idéia é mostrar que a juventude acaba sendo podada por opiniões que não levam realmente em conta os desejos pessoais de cada um e satirizar a situação com personagens e profissões inusitadas.

A criação é dos publicitários Rodrigo Butori, autor das campanhas da marca desde 98, e Sérgio Matsunaga, o “Jaspion”, ambos surfistas. As fotos e a produção foram realizadas por Walmor de Oliveira.

Segundo Avelino Bastos, fundador e shaper da empresa, o objetivo da Tropical Brasil é sempre evoluir em matéria de comunicação, e pelo visto a idéia vem dando certo.

Para Teco Padaratz, o responsável pela campanha foi muito espirituoso. “Ele sacou logo a idéia de mostrar ao público por que o Teco escolheu estar onde está. E também que há uma semelhança entre o surf para o Teco e para a Tropical Brasil”, diz.

“A idéia era comparar as características do Teco com as da Tropical Brasil”, comenta o surfista, que terminou o ano em décimo oitavo no ranking do Circuito Mundial WCT.

“Há alguns anos, percebemos que a mídia impressa do surf andava na mesma e resolvemos inovar. Temos feito campanhas inovadoras já há algum tempo. Essa nova campanha conseguiu captar nossos objetivos e vocações e novamente colocar o surf em grande estilo. Quem pega onda sabe do que falamos. Conseguimos utilizar vários elementos da nossa cultura e caráter da marca”, explica Bastos.

Segundo Avelino, praticamente todos os funcionários da empresa pegam onda e já foram abordados por pessoas, como vizinhos e parentes, para abandonar o surf e se dedicarem a ações que eles julgam serem mais produtivas.

“Outro fato importante e que está ligado diretamente a nossa história é o próprio Teco, que há 17 anos é patrocinado pela empresa e também ouviu muitas orientações para que seguisse outra profissão, mas optou pelo surf e acredito que tivemos grande influência nessa decisão. Grande parte da juventude tem os seus sonhos podados por opiniões que não consideram o que cada um gostaria de fazer de fato. A nossa campanha satiriza essa situação com os personagens e profissões mais esdrúxulas possíveis”, conta o renomado shaper, eleito pelo público da revista Fluir como o melhor do Brasil pela última vez em 99.

A atuação do surfista foi um dos pontos que colaborou com o sucesso da campanha, pois Teco realmente incorporou os personagens. “Não canso de ouvir os comentários mais interessantes sobre a campanha, onde recebi muitos elogios mas tambem muita tiração de onda”, conta Padaratz.

A repercussão, segundo Avelino, tem sido uma muito divertida. “Todos riem e se divertem com os personagens. Lógico que tem sempre aqueles que acham alguma coisa que não deveria ser daquele jeito. Mas tudo bem, eles fazem parte da turma do seu Alfredo, da prima Sueli e do tio Tony”, ironiza o shaper, referindo-se aos “parentes” ou “conhecidos” que tentam levar Teco para outras profissões.

“No fim da campanha, além de lançarmos nossas idéias, também marcamos uma mudança nas características das campanha de revistas de surf, onde tudo que se vê é uma foto radical, seguida por uma foto visual com alguma palavra em inglês e a marca”, analisa Teco.