Mongaguá

Tubarão preso em rede

Tubarão-Mangona, Mongaguá (SP).

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Pescado por engano, Tubarão-mangona de 150 quilos não resiste e morre na faixa de areia. Foto: Reprodução.

Um tubarão-mangona foi pescado acidentalmente em Mongaguá, na divisa com Praia Grande (SP).

 

As imagens do animal, de cerca de 150 quilos, foram publicadas no Facebook e chamaram a atenção da população, mas, segundo especialistas, não se trata de uma espécie agressiva, apesar da aparência ameaçadora.

O animal ficou preso a uma ‘rede de espera’ o que, de acordo com Juliano Almeida, responsável pela captura junto a outros três pescadores, é um método comum e autorizado.

 

A armadilha foi lançada ao mar na sexta-feira (17) e puxada no sábado (18). Ela estava a oito quilômetros da costa, tinha 16 metros de profundidade e 200 de comprimento.

“Nossa pesca é artesanal. Saímos para pegar corvina, pescada, robalo… Às vezes, acontece de aparecer outro animal na rede. Esse, por exemplo, é o quarto tubarão-mangona, desde 2013”.

Almeida conta que arraias são mais comuns nas redes e também são as mais fáceis de soltar. Ele ressalta que os pescadores cadastrados são parceiros de entidades como o Pescador Amigo e a Biopesca, que os ensinam como proceder na reanimação e soltura de animais capturados acidentalmente.

“Tartaruga não costuma aparecer, mas sabemos como liberá-las. O mais difícil é o tubarão mesmo. Ele morde a rede e, se está vivo, não tem como soltar no mar. Precisamos levá-lo à faixa de areia”.

Foi esse o procedimento adotado por Almeida e os outros três pescadores. O animal, porém, não resistiu e morreu. A carne foi vendida para uma banca de pesca.

Sobre a espécie O tubarão-mangona está ameaçado de extinção devido à pesca, tanto esportiva como comercial, e à poluição dos mares. Ele pode atingir até 3,2 metros de comprimento e pesar até 300 quilos.

O animal, de hábitos noturnos, se alimenta de peixes, tubarões menores, crustáceos e moluscos. Comuns em águas quentes, são encontrados em regiões banhadas pelo Oceano Atlântico, uma parte do Pacífico e no mar Mediterrâneo. No Brasil, são mais vistos nos litorais do Sudeste e Sul.

A espécie, considerada de águas rasas, costuma ficar a 15 ou 25 metros de profundidade. Isso acontece porque o animal sobe à superfície para capturar ar e armazená-lo em seu estômago, permitindo assim que flutue na água.

 

Fonte A Tribuna

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