Tubarão mata em Pernambuco

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A praia de Boa Viagem, em Recife (PE), é uma das que mais tiveram casos de ataques nos último anos. Foto: Site Lemangue.com.br.
No último domingo (29/01), um banhista morreu depois de ser atacado por um tubarão na praia de Piedade, em Jaboatão, Região Metropolitana de Recife (PE).

 

Edmilson Henrique dos Santos, 29 anos, foi atingido no quadril e na coxa direita. Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas morreu ao chegar ao Hospital da Aeronáutica.

 

Segundo o hospital, Santos teve uma das artérias dilacerada pela mordida do tubarão, provocando uma intensa hemorragia. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal, onde foi reconhecido pelos familiares da vítima.

 

O Corpo de Bombeiros informou que o banhista estava a cerca de dez metros da área rasa da praia quando foi atacado. Um salva-vidas pediu que ele saísse da parte mais funda. Com esse caso, sobe para 46 o número de ataques no Estado desde 1992, sendo o 13° só na praia de Piedade. Segundo o Corpo de Bombeiros, o tubarão agressor pode ser da espécie cabeça-chata ou tigre.

 

De acordo com informações do Jornal do Commercio, o Corpo de Bombeiros de Pernambuco começou a utilizar nesta terça um equipamento eletrônico que evita a aproximação de tubarões.

 

O tubarão-tigre é o responsável pela maioria dos ataques em Recife. Foto: Site Paranoadivers.com.br.

O Shark Shield (escudo magnético contra tubarões) será usado por guarda-vidas que trabalham no litoral pernambucano, para melhorar as condições de resgate durante os ataques do animal.

 

O comandante do Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMar), tenente-coronel Neyff Souza, informou que o Shark Shield será utilizado inicialmente na orla de Recife e Jaboatão dos Guararapes.

 

?Esse aparelho é produzido na Austrália, onde é utilizado com muita eficácia. Pretendo fazer a solicitação de mais algumas unidades?, explicou o comandante. Antes de iniciar os testes realizados ontem, Neyff explicou a vinte guarda-vidas como se utiliza o Shark Shield. O tenente-coronel utilizou cabeças de três espécies de tubarão para demonstrar a ação do equipamento.


Amarrado na perna, o escudo produz as ondas eletromagnéticas que evitam a aproximação do tubarão por meio de uma bateria, que dura aproximadamente quatro horas. De acordo com os bombeiros, tempo suficiente para fazer diversos resgates em um dia.

 

O guarda-vidas Basiliano Barroca, que resgatou o banhista Edmilson Henrique dos Santos ainda com vida, aprovou o repelente eletrônico. ?O aparelho nos dará mais segurança ao resgate. Ao resgatar o rapaz, senti o tubarão bater em minha perna. Cheguei a pensar que também tinha sido atacado?, contou o guarda-vidas ao Jornal do Commercio.