Na praia de Zé Pequeno, em Olinda (PE), todos esperavam ansiosos os meses de maio, junho e julho chegar para fazer um surf clássico no famoso beach break pernambucano.
Situada no Bairro Novo Olinda (PE), o local foi batizado com esse nome devido a um restaurante que funcionava bem em cima do pico cujo nome era o mesmo. A pequena praia é frequentada, desde a década de 70, por vários surfistas olindenses que carinhosamente a chamam de ?Zépiline?.
De lá saíram nomes consagrados do surf olindense, como Renato Lisboa ?Bolinho?, Zé Antônio, Gustavo Rocha, Dinho, Fernando Pereira “Bactéria”, Irajá Neto, Guga Soares, Mateus Sá, Iuri Alves, Júlio Pereira “Juba”, Eduardo Formiga, Carlos Pito, Iaponã e Akira Júnior.
Tudo isso agora só fica na lembrança. Depois de dois ataques em menos de um ano, um deles fatal, na praia próxima a Zépiline, chamada Delchifre, o surf não é mais o que era.
Não há registro de que a prefeitura de Olinda, juntamente com o Governo do Estado, tenham feito alguma campanha educativa no local, mas apenas uma placa de aviso foi colocada na areia e os bombeiros foram acionados para tomar as pranchas de quem surfar no local. E os bombeiros tomam pranchas com violência, como se surfistas fossem bandidos.
Mas para a nova geração de surfistas locais, nem a placa indicando que ali há tubarões, nem os bombeiros que estão a postos tomando pranchas quase diariamente, espantam o crowd que ignora o perigo motivados por uma paixão, o surf.
Graças a Deus que Zé Pequeno ainda não entrou para as estatísticas de praias pernambucanas que tiveram ataques, pois lá com placa ou sem placa, com bombeiro ou sem bombeiro, predomina a cultura do surf proibido.
Fonte: SurfPE