Depois de dez dias na região de Matanzas, Chile, já estamos nos acostumando com o dia-a-dia gelado deste litoral e já traçamos os planos de nossas próximas explorações aos picos de kitesurf e surf.
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No último sábado, os paraibanos Alberto Júnior e Lívia Melo chegaram para completar a comitiva nordestina desta grande aventura na base do Smolder na Estrada.
O mar continuo a proporcionar boas ondulações. Fomos orientados à seguir para Roca Cuadrada, um point localizado ao norte da baía de Matanzas que venta mais que em outros lugares.
Uma montanha de rochas ao lado da costa e um profundo cânion fazem o vento ficar mais forte e consistente, perfeito para a pratica de esportes movidos a vento, como o kitesurf.
À primeira vista, o lugar parece assustador por conta das pedras e corais, mas não é muito difícil de evitá-los ao entrar e sair da água. É uma onda de nível mundial que começa a quebra em frente a uma pedra quadrada e vai até uma enorme baía.
No caminho, há três sessões perfeitas para se manobrar, pode se fazer pelo menos três boas performances. Porém, uma vez que você vá até o final da baía, terá que voltar um ou dois quilômetros por terra, pois voltar contra o vento fica super difícil com o contorno acentuado da costa.
“Equipamentos e aspectos psicológicos têm de ser freqüentemente checados, pois aqui, a brincadeira é para gente grande”, comenta Alberto Júnior, extasiado com a fúria de Roca Cuadrada.
A ansiedade pelas ondas é visível nos rostos dos atletas nordestinos, que buscam ultrapassar seus limites a cada onda.
Mais tarde fomos à praia de Pupuya, um lugar com verdadeiras atrações da natureza. Pequenas ondas que se formam próximo a boca do rio Rapel, perfeitas para esportes com pranchas, e uma colônia de leões marinhos.
Vários destes animais aparecem constantemente por aqui, e, algumas vezes, até seguem os kitesurfistas, brincando de quem chega primeiro à praia.
“Eu voltava para o outside quando vi à distância uma enorme cabeça de Leão Marinho atrás de algumas algas gigantes. Não podia acreditar, muito irado, que vibração! Passados os primeiros instantes, só me preocupei em pegar a primeira onda.”
A presença destes mamíferos é anunciada à distância pelo barulho que fazem e pelo forte cheiro que o vento traz até nós.
Para conseguirmos nos aproximar, temos que seguir por um caminho acidentado, saltar pelos rochedos e chegar ao local onde podemos observar de perto esses animais que, indiferentes à nossa presença, se amontoam preguiçosamente num rochedo em frente ou nadam nas águas agitadas do Pacífico.
Os próximos dias prometem grandes aventuras neste oceano em fúria.
