Cinco dias reacheados de aventuras, ondas perfeitas e alguns sufocos fizeram parte do saldo final de nossa trip.
Saí de Bali com Claujones e o comandante Luiz Lovasz, que veio de Cingapura especialmente para uma mini trip de cinco dias em Grajagan.
Luiz veio nos acompanhar nestes dias já que estava de folga de suas escalas como piloto de cargas da Singapore Airlines.
Luiz ficou conhecido no site Waves por transportar os carros da Fórmula 1 para o GP Brasil no ano passado.
Na última terça-feira (1/9), saímos de Bali no meu truck para dormir em Grajagan Village e, no dia seguinte, cruzar a baía no meu zodiac com destino ao camp do Bobbys.
Nossa travessia foi um pouco acidentada, porque escorregou uma proteção que coloco no assoalho do barco para que ele não fique roçando na borracha do casco, e não notei durante a navegação.
O atrito fez o ferro lateral furar o bote no meio da travessia. Fomos bombando ar do meio da baía até o outro lado.
Já no Camp, Pak Dion me arrumou uma cola de consertar pneus de moto, um patch de borracheiro e fiz um remendo para tentar a travessia de volta.
Nem usei o bote durante os dias que ficamos no camp para a cola secar bastante antes de forçar o lugar avariado.
O surf esteve bom nos três primeiros dias, mas no quarto é que G-land mostrou suas garras de verdade.
No último sábado (5/9), voltamos e o barco parecia em boas condições, mas quando chegamos ao meio da baía com um swell de 3 metros, o barquinho foi forçado ao extremo e o patch não aguentou. Mais uma vez começamos a perder pressão.
Resultado: nossa travessia levou quase uma hora a mais e tivemos que bombar o barco em mais da metade do caminho.
O barco estava muito pesado com nós três, pranchas e equipamentos.
Coitado, depois de seis temporadas servindo a galera e realizando muitos sonhos surfísticos resolvi aposentá-lo. Já encomendamos outro para repor.
Mas o importante foi que todos nós mantivemos a calma na situação de perigo e cada um deu o melhor de si para converter o sufoco em mais um apredizado nas águas do oceano Índico.