O cabofriense Victor Ribas comemora uma nova fase em sua vida.
Aos 33 anos e um dos surfistas mais experientes do Brasil, ele está de volta à equipe do seu antigo patrocinador, a Onbongo.
E apenas duas semanas atrás teve a confirmação de que irá integrar o grupo dos top 45 do WCT, quando já se conformava com sua ausência em 2005.
Classificado em 45o lugar, Vitinho foi beneficiado com a saída do norte-americano Pat O’Conell do circuito.
Por outro lado, Ribas também anunciou que depois de 15 anos de casamento, está se separando da esposa, Lara.
Com um filho de 2 anos, ele diz que agora irá focar todas as energias em sua carreira e aproveitar essa oportunidade para mostrar seu valor no WCT.
Às vésperas do início do Hang Loose Pro Contest, em Fernando de Noronha, do qual foi campeão em 2002, ele falou ao Waves sobre as expextativas para o futuro.
Como aconteceu este retorno à Onbongo?
Sei que a empresa gostaria de ter permanecido comigo na equipe, mas no ano retrasado, por um problema de orçamento, tiveram que me dispensar. Esse retorno é uma coisa nova, pois é difícil ver um atleta voltando para uma marca depois de um ano, fiquei bastante feliz. Mostra que deixei uma imagem positiva e mantive as portas abertas na casa para um dia poder voltar. Espero me dar bem nesse campeonato para dar um retorno logo de cara.
O patrocínio foi efetivado antes ou depois da confirmação no WCT?
Na verdade a gente já havia conversado bem antes da minha volta ao circuito mundial. Acho até que eles nem sabiam dessa possibilidade, pois quando falamos por telefone para concretizar o patrocínio, eles me perguntaram se eu disputaria o WCT e eu havia recebido um telefone do Renato Hickel (tour manager da ASP) confirmando a vaga dias antes. Estou muito feliz e considero um grande presente para mim tudo isso que aconteceu em tão pouco tempo, quando eu já estava sem perspectivas para este ano.
Com 15 anos de experiência no circuito mundial, o que você pretende fazer para se destacar a partir de agora?
Considero essa fase uma retomada na minha carreira e quero me dedicar ao máximo nela, inclusive para construir um patrimônio sólido para minha família. Pretendo entrar nas baterias com a mente limpa de qualquer tipo de problema, totalmente focado na disputa e usar isso para me dar bem contra essa nova geração que vem por aí. Até porque estarei enfrentando sempre os primeiros do ranking, por ter me classificado na última posição. Sei que esse próximos anos serão preciosos e quero aproveitar essa chance que foi dada por Deus. No que depender de mim, vou competir até quando conseguir me manter nas cabeças do surf mundial e nacional, e o corpo aguentar.
E a separação, como vai afetar no seu desempenho nas competições?
Pra mim foi uma mudança muito grande. Estava sem patrocínio e havia perdido minha vaga no WCT, e a separação rolando ao mesmo tempo, depois de 15 anos de união. Mas, de repente tudo mudou, voltei pra Onbongo e pro WCT, então isso ajudou a manter a cabeça equilibrada, pois tenho um filho de 2 anos também. Isso mostra que tem coisas que não acontecem por acaso na nossa vida, e agora vou me dedicar 100% na minha carreira, pois no final da contas é tudo o que nos resta. O que importa é que estou bem, tranquilo, confiante e se Deus quiser irei encontrar alguém especial para ficar ao meu lado.