Viking incentiva o surf na Guatemala

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O local de São Sebastião e atleta da equipe Viking Xande Moraes participa do Projeto Guatemala. Foto: Ivan Storti / FMA.

Com a proposta de incentivar o crescimento do surf, a Viking Surfboards vai patrocinar algumas ações na Guatemala.

 

A primeira delas será um campeonato internacional neste final de semana (20 e 21/11), nas ondas de Sipacate, reunindo surfistas guatemaltecos, mexicanos, hondurenhos e salvadorenhos.

 

A idéia é ajudar a desenvolver o esporte no país, que não tem tradição no surf por fatores geográficos.

 

O projeto contará também com palestras e viagens a picos secretos.

A idéia partiu do santista Christian Wolthers, fundador da Viking em 1973.

 

“Conheci a Guatemala por causa do café, meu outro negócio. É um lugar exótico e 50% da população é nativa. O surf é desconhecido, porque a população sempre viveu em montanhas. O mar nunca foi explorado para o turismo, o esporte. Só para a pesca local.

 

 Há cinco anos o Governo asfaltou uma estrada até o litoral e foram descobertos picos fantásticos”, conta Christian, que atualmente mora na Flórida, Estados Unidos.

 

Ele conta que antes, os poucos pioneiros do surf enfrentavam mais de um dia de viagem para poder surfar. “O país todo tem, no máximo, uns 80 surfistas e um potencial incrível. Lá era o que é a Califórnia em 1940. Estão começando ainda. A cultura não era de praia. E é muito exótica, como era a Indonésia, com várias praias lindas, inexploradas”, explica Christian.

 

Junto com ele estarão os surfistas Xande Moraes, Rose Santana e Alexandre Wolthers, todos da equipe Viking. Eles vão conversar com os competidores locais e também participar de filmagens em points novos. “Vamos fazer um documentário mostrando a cultura, a geografia, as praias. Vamos estar com os pioneiros, que começaram o surf lá 30 anos atrás”, afirma Paulo Bittencourt, o Biteca, que está colaborando na coordenação do Projeto Guatemala.

 

No total, serão nove dias de surf. “A responsabilidade social será importante. Queremos ajudar o surf a crescer”, acrescenta Biteca. Depois da Guatemala, Christian já tem dois outros projetos traçados, a Nicaragua e, no Brasil, a Costa dos Alcatrazes, em São Sebastião, litoral norte de SP.

 

“Quero mostrar a beleza do local, a natureza, as tradições locais, dos caiçaras. Temos na Viking o Orácio Moraes (pai de Xande e do surfista profissional Danylo Grillo), que vive nas ilhas, nessa região, e vai nos ajudar muito”, revela.

 

Criada em 1973 pelos irmãos Christian e John Wolthers, a Viking Surfboards se transformou numa das principais marcas do país na época, funcionando até 83. Os dois, inclusive, eram conhecidos como os irmãos Viking, pela descendência dinamarquesa.

 

Atualmente, Christian mora nos Estados Unidos e há três anos reativou a empresa, que tem sede na Flórida e em Santos, com vendas de pranchas pela internet. No Brasil, a marca vem chegando também para o mercado de surfwear, com roupas e acessórios e é presidida pelo filho de Christian, Rasmus.


“Hoje estamos mais concentrados na exportação e no mercado dos Estados Unidos. Em janeiro estaremos na Feira de Surf de Orlando, a maior do país atualmente. Estamos vendendo pranchas na Costa Leste e no Japão. E vamos começar a vender produtos feitos no Brasil. Nos Estados Unidos a demanda é incrível e vamos solidificar produtos brasileiros, ao invés dos feitos na China, como a maioria faz”, explica Christian, que continua shapeando (produzindo) as pranchas.

 

“Também temos pranchas produzidas no Brasil pelo Orácio e pelo Armando Jaguary, mas o design é meu. Em relação ao mercado brasileiro, temos nossa sede em Santos e pretendemos investir com força em 2005”, completa o proprietário da Viking.

 

Mais informações sobre a Viking pelo telefone (0xx13) 3219-5693 e no site da marca.