Coca-Cola Oakley Prime

Vira-vira em Saquá

Willian Cardoso, Coca-Cola Oakley Prime 2011, Itaúna, Saquarema (RJ)

Willian Cardoso surfa com agressividade para avançar às quartas. Foto: Pedro Monteiro / Adding.

O sábado foi marcado por ondas mexidas, correnteza e viradas emocionantes no Coca-Cola Oakley Prime em Itaúna, Saquarema (RJ).

 

Clique aqui para ver as fotos de ação


Clique aqui para ver as fotos de ambiente

 

Depois de finalizar a segunda fase e promover a fase seguinte, a direção de prova deu sequência à maratona e colocou na água o round dos 12 melhores surfistas da competição.

 

Os vencedores dos quatro duelos avançaram direto às quartas-de-final, enquanto os perdedores têm uma nova chance na repescagem.

 

Raoni Monteiro também vira duelo na última onda. Foto: Tony D’Andrea.

Todos os confrontos foram decididos nos instantes finais, com Yadin Nicol, Raoni Monteiro, Willian Cardoso e Jessé Mendes levando a melhor em disputas emocionantes.

 

Já Cory Lopez, Lincoln Taylor, Junior Faria, Gabriel Medina, Adam Robertson, Kai Otton, Damien Hobgood e Adam Melling duelam na manhã deste domingo, a partir das 8 horas, em busca da classificação às quartas.

 

A quarta fase foi inaugurada com Yadin Nicol surfando uma onda salvadora ao apagar das luzes. O aussie precisava de 7.06 para estragar a festa de Cory Lopez e conseguiu 7.60, deixando Cory em segundo e Lincoln Taylor em terceiro.

 

“Foi realmente fantástico”, definiu Yadin Nicol. “Eu fiquei preso na arrebentação durante um tempão, só pensava em chegar lá fora pra surfar, está muito difícil entrar na onda, mas joguei tudo nessa última onda e estou muito feliz que a nota saiu. É muito bom passar direto nessa fase, principalmente porque não precisarei competir tão cedo amanhã”.

 

Festa na areia Na bateria seguinte, o local Raoni Monteiro levou a plateia à loucura ao virar um duelo até então dominado pelo paulista Junior Faria, autor de uma nota 8.50 logo nos primeiros minutos.

Junior teve muita dificuldade para surfar uma segunda onda com potencial e viu a vitória escapar na contagem regressiva.

 

O atleta foi atacado por Gabriel Medina e Raoni Monteiro, que precisavam 6.61 e 6.34, respectivamente. Medina não conseguiu a virada, enquanto Raoni achou uma direita e acertou um golpe fatal.

O local acertou uma bela batida na primeira manobra, viu a onda perder força e não desanimou. Lutou bravamente para conectar até o inside, conseguiu achar uma junção e soltou o pé para descolar 6.50.

“Essa direita do canal é só pra quem conhece”, falou Raoni Monteiro. “Eu lutei até o fim. Precisava de uma onda boa pra virar e acho que essa direita foi uma benção de Deus. A bateria só termina quando toca a sirene e eu acreditei até o final. Meu pai tinha falado pra eu me ligar que a direita vinha de vez em quando, então deu um estalo ali, a onda entrou pra direita, era da série, mandei uma manobra forte lá fora, vim tentando conectar e dei mais uma boa no inside pra virar a bateria”.

 

##

Jessé Mendes completa show brasileiro em Itaúna. Foto: Pedro Monteiro / Adding.

Panda power Logo depois, foi a vez de Willian Cardoso vencer outra batalha eletrizante em Itaúna. O catarinense começou na frente contra os aussies Adam Robertson e Kai Otton, mas viu Robertson assumir a ponta com 5.50 e deixá-lo a 4.18 da vitória.

 

Clique aqui para ver as fotos de ação


Clique aqui para ver as fotos de ambiente

 

Também conhecido como “Panda”, o catarinense achou uma onda da série e mostrou por que é sério candidato a uma vaga na elite mundial.

 

Willian soltou uma cacetada no olho da onda e lutou contra a espuma turbulenta para completar uma segunda manobra.

Junior Faria tem nova chance na repescagem. Foto: Tony D’Andrea.

Os juízes premiaram o violento ataque do brasileiro em 8.83. Como a correnteza estava muito forte e faltavam cerca de três minutos, Willian saiu da água e ficou na torcida para que os australianos não reagissem.

 

Com a classificação, o atleta está volta à lista provisória de atletas que entram na elite mundial no meio da temporada. No momento, Willian ocupa a 32a posição no circuito mundial.

 

“A hora que eu vi a onda dobrando, eu sabia que ia conseguir virar o resultado com uma manobra forte, mas ainda deu para fazer outra na sequência e a nota saiu”, vibrou Willian.

 

“O mar está muito difícil, a correnteza é muito grande, tomei várias séries na cabeça, mas Saquarema não decepciona, proporciona manobras gigantes e é o que eu gosto de fazer. Foi bom que agora vou ganhar algumas horas de descanso amanhã, o que vai ser importante porque já sabemos que o mar vai estar gigante, então vamos com tudo”, finaliza o defensor do título do evento.

Little Jesse Na última bateria do dia, o jovem paulista Jessé Mendes venceu um duelo acirrado contra os tops da elite mundial Damien Hobgood e Adam Melling.

 

Enquanto Melling ficou a ver navios no outside, Jessé e Damien travaram uma dura batalha pela liderança do início ao fim.

 

A vitória foi decidida nos instantes finais, quando “Little” acertou uma forte paulada numa onda fechadeira e arrancou 6.08 dos juízes.

 

Antes de vencer o confronto, o paulista havia derrotado o norte-americano Tanner Gudauskas, algoz do atleta numa semifinal acirrada no Prime em Trestles, Califórnia (EUA).

 

“Ele não podia virar no finalzinho de novo, né?”, brinca Jessé. “Lá na Califórnia ele virou quando faltava um minuto – precisava de 5 e pouco, fez um 6.53. Mas é assim: um dia ele ganha, no outro perde, e por aí vai”, diz Jessé.

 

“Já perdi pra ele umas três vezes este ano. Aliás, já perdi pra família inteira (Tanner, Dane e Patrick) este ano já, pô! Tinha que ganhar uma vez!”, brincou Jessé, pouco depois de ser parabenizado por Tanner.

 

Quinta fase (repescagem)

 

1 Cory Lopez (EUA) x Gabriel Medina (Bra)
2 Lincoln Taylor (Aus) x Junior Faria (Bra)
3 Adam Melling (Aus) x Adam Robertson (Aus)
4 Damien Hobgood (EUA) x Kai Otton (Aus)

Exit mobile version