Tim Williams é a cabeça por trás das transmissões realizadas nas etapas da Billabong do WCT. Foto: Ricardo Macario. |
Depois de um tempo sendo produziddas apenas com uma câmera de vídeo apontada para o outside, atualmente as transmissões contam o trabalho de locutor e comentarista, além de imagens de arquivo, ângulos exclusivos, replay, entrevistas e outras atrações.
Um dos responsáveis por esse sistema é o sul-africano Tim Williams, gerente de marketing online da Billabong norte-americana. A marca foi a primeira a enxergar a possibilidade de elevar o nível das transmissões.
Mark Occhilupo comenta as baterias para o site em inglês do Nova Schin 2005. Foto: Ricardo Macario. |
“Colocamos a idéia em prática nos eventos da Billabong e foi um sucesso. Algumas etapas acabam sofrendo com falta de ondas, ou mau tempo, então começamos a incrementar o conteúdo, adicionando imagens de arquivo, convidando atletas ou personalidades do esporte para comentar”, conta.
Nesta segunda-feira, por exemplo, o Nova Schin WCT Brasil foi exibido com a ilustre participação do australiano Mark Occhilupo, eliminado pelo carioca Yuri Sodré na oitava bateria da repescagem.
Occy comentou diversas baterias, sempre com o carisma que conquistou milhares de fãs pelo mundo.
“Fico feliz por contribuir com a minha experiência e oferecer algo a mais enquanto não estou competindo”, fala Occhilupo, que preferiu ficar mais um dia no Brasil.
Com o significativo aumento da audiência, Williams percebeu que poderia diversificar e atingir ainda mais pessoas. Sua equipe passou então a transmitir as etapas em inglês, português, espanhol e francês, em websites diferentes.
“Queremos levar o internauta ao lugar onde acontece a etapa para acompanhar o tour mesmo à distância. O sucesso passou foi tão grande que outros eventos da ASP também passaram a contar com esse padrão similar de transmissão”, relata Williams.
Segundo ele, as etapas mais populares são as de Teahupoo, Taiti, e a de Jeffreys Bay, África do Sul. Também é grande a audiência em países como o Brasil, onde o público quer chegar o mais próximo possível dos atletas.
“Em etapas como as do Taiti e África do Sul, a audiência realmente é acima da média. São ondas populares e que todos gostam de ver. Inclusive quem não pega onda. Também nos preocupamos em oferecer entretenimento para esse público, com informações sobre o esporte e os atletas, entrevistas e outros recursos”, explica.
Williams adianta que num futuro próximo as etapas mais importantes do WQS, patrocinadas pela Billabong, podem passar a contar com o mesmo tipo de transmissão, fomentando e divulgando a divisão de acesso à elite mundial.
“Além das etapas do WCT, queremos começar a oferecer o mesmo produto nas etapas do WQS, pois é um circuito que serve de base aos surfistas que almejam competir na primeira divisão”, conclui Williams.