O catarinense Willian Cardoso estreou com vitória no Hawaiian Pro e é a terceira novidade já confirmada na “seleção brasileira” que vai disputar o título mundial no World Surf League Championship Tour em 2018.
O paulista Jessé Mendes e o catarinense Yago Dora já tinham garantido suas vagas antes da Tríplice Coroa Havaiana, que fecha a temporada na ilha de Oahu, Havaí. O catarinense Tomas Hermes e o cearense Michael Rodrigues seguem defendendo suas vagas na lista dos dez indicados pelo WSL Qualifying Series para o CT 2018 e o potiguar Italo Ferreira entrou na zona de classificação com a passagem para as oitavas de final no domingo. O Brasil é maioria entre os 32 finalistas, com 14 concorrentes ao primeiro título no Havaí.
“Estou muito feliz por ter finalmente conseguido minha vaga no CT. Não foi fácil. Eu já estive neste momento algumas vezes, aqui mesmo precisando de um resultado que nunca chegava, mas agora veio”, diz Willian Cardoso, emocionado depois da bateria. “Foram muitos anos de trabalho duro, exatamente 12 anos no QS buscando esse objetivo que aconteceu agora, justamente quando perdi meu patrocinador, mas tenho muitas pessoas boas me ajudando e me apoiando. Ofereço essa conquista para a minha família, que me ajudou muito para que esse sonho se tornasse realidade. Agora é esperar o próximo ano, que será muito especial”.
A classificação do catarinense foi garantida com a nota 7,60 da última onda que ele surfou na décima bateria do dia. Com a passagem para as oitavas de final, ele atingiu 19.000 pontos na quarta posição do ranking do WSL Qualifying Series.
Willian chegou muito perto de conseguir isso em outros anos, porém sempre acabava saindo do G-10 nas duas etapas que fecham a temporada no Havaí. Por 13,47 pontos, ele derrotou o havaiano Sebastian Zietz, com ambos despachando o americano Cam Richards e o português Vasco Ribeiro.
São tantos brasileiros classificados no domingo em Haleiwa, que todas as baterias das oitavas de final terão algum disputando vaga. Já começa com três na primeira, o campeão mundial Adriano de Souza, Caio Ibelli e Ian Gouveia, fazendo um confronto de tops do CT com o americano Kolohe Andino. Outras quatro baterias terão dois competindo juntos. Na terceira, os paulistas Miguel Pupo e Victor Bernardo enfrentam o atual campeão mundial John John Florence e o português Frederico Morais. A quarta será mais um confronto Brasil x Austrália no Havaí, com Wiggolly Dantas e Yago Dora contra Connor O´Leary e Mitch Coleborn.
Na disputa seguinte, estão os potiguares Italo Ferreira e Jadson André tentando confirmar suas permanências no CT pelo G-10 do QS, com os já garantidos Jordy Smith, da África do Sul, e o havaiano Sebastian Zietz. E na sexta bateria, o novo top da elite, Willian Cardoso, e o penúltimo colocado na lista dos dez indicados pelo ranking de acesso, Michael Rodrigues, vão disputar duas vagas com o havaiano Joshua Moniz e o francês Maxime Huscenot. Apenas três competirão sozinhos com três surfistas de outros países, o paranaense Peterson Crisanto na segunda bateria, o paulista Filipe Toledo na sétima e o catarinense Tomas Hermes na última.
No domingo, depois de três dias de espera pelas ondas, as tradicionais direitas de Haleiwa finalmente apareceram para o retorno do Hawaiian Pro. Na terça e na quarta-feira, a competição aconteceu só em esquerdas, mas as condições do mar ainda não estavam boas no domingo, com ondas muito balançadas dificultando a escolha das melhores. Mesmo assim, os brasileiros se destacaram conquistando a maioria das vagas nas oitavas de final com três dobradinhas vencedoras, Filipe Toledo fazendo o segundo maior placar do dia e Willian Cardoso confirmando sua entrada na elite dos top-34 que vai disputar o CT 2018.
Participação tripla Após essa bateria que garantiu o catarinense na elite dos top-34 da World Surf League, aconteceram duas seguidas com participação tripla do Brasil. Na primeira, o cearense Michael Rodrigues começou a defender a penúltima vaga no G-10 com vitória e o potiguar Jadson André completou a terceira dobradinha verde-amarela na terceira fase, com o paulista Deivid Silva sendo eliminado. Jadson já subiu do 24.o para o 17.o lugar no ranking e precisa chegar na final do Hawaiian Pro para entrar no grupo dos dez que se classificam para o CT 2018 pelo QS.
Na seguinte, Filipe Toledo fez a melhor apresentação brasileira do domingo em Haleiwa Beach. Ele igualou a maior nota do dia – 8,73 – de Mitch Coleborn, na vitória sobre o havaiano John John Florence e totalizou 16,04 pontos, contra 16,34 do australiano. Ninguém conseguiu superar as marcas de Adriano de Souza na bateria que abriu a terceira fase e fechou a quarta-feira no Havaí, nota 9,27 e 16,97 pontos. O número 5 no ranking do QS, Tomas Hermes, passou junto com Filipinho para as oitavas de final e o carioca Lucas Silveira ficou em terceiro lugar.
Dobradinhas Esta foi a quarta dobradinha brasileira nas baterias disputadas no domingo. A primeira aconteceu logo no segundo confronto do dia, com o paranaense Peterson Crisanto e o pernambucano Ian Gouveia passando juntos, logo depois do paulista Caio Ibelli vencer a bateria que abriu o terceiro dia de competição em Haleiwa. A outra foi conseguida pelos paulistas Wiggolly Dantas e Miguel Pupo, mais dois tops do grupo atual do CT que tentam confirmar suas permanências na elite pelo ranking do WSL Qualifying Series.
Quem também está nesta batalha é o potiguar Italo Ferreira, que já entrou no G-10 com a classificação para as oitavas de final no domingo. Ele tirou a última posição na lista do sul-africano Michael February e dificilmente sairá deste grupo, pois só vai completar os cinco resultados computados no ranking no outro QS 10000 da Tríplice Coroa Havaiana, que vai fechar o QS 2017 em Sunset Beach. Diferente do potiguar, seus concorrentes estão trocando pontos dos seus piores resultados nestas últimas etapas do ano.
Outra dobradinha poderia ser concretizada no confronto Brasil x Austrália que reuniu o campeão do QS no ano passado e o líder do ranking deste ano. Só que o outro brasileiro, Victor Bernardo, começou bem e ninguém conseguiu superar os 14,20 pontos que ele somou com as notas 6,77 e 7,43 recebidas em suas duas primeiras ondas. O também paulista Jessé Mendes estava passando em segundo lugar, mas no final o número 1 do ranking 2016, Connor O´Leary, arrancou a maior nota da bateria – 8,00 – para superar o líder do QS 2017 por 13,33 a 12,80. Davey Cathels ficou em último com 11,50 pontos.
Uma nova chamada acontece nesta segunda-feira (20) às 15 horas (de Brasília). O evento é transmitido ao vivo pela WSL.
Confira mais detalhes em nossas próximas atualizações.
Hawaiian Pro 2017
Quarta fase