Com 20 anos de surf aprendi que, mais importante do que acertar a manobra dos sonhos ou ganhar qualquer campeonato, é a essência de compartilhar momentos mágicos que o esporte proporciona. Recentemente li uma mensagem que me chamou a atenção de Diogo Leão (capixaba, amigo e surfista profissional) dizendo que, após abandonar as competições, ele sentia falta de superar os seus maiores adversários: o medo, a insegurança, incredulidade e a própria mente.
O surf é um esporte individual no qual você mergulha dentro de si mesmo em diversas situações, sendo profissional, amador ou surfista de alma. Esses momentos aparecem em formas de viagens e decisões rápidas, envolvendo sentimentos fora ou dentro d’agua.
Nos meses de março e abril fomos premiados por três ondulações de ciclones tropicais que resultaram em ondas perfeitas, água relativamente morna e dias épicos na costa leste da ilha norte da Nova Zelândia, pra ser mais preciso, na região de Bay of Plenty.
É fato que a água fria muitas vezes afasta grande parte do crowd de surfistas que viajam o mundo em busca de ondas perfeitas, e para ser sincero, isso é muito bom pra nós radicados aqui, pois temos muitas ondas solitárias quebrando por esse país que se divide em duas ilhas no meio do Pacífico. Na verdade, pouco se fala da Nova Zelândia, e poucos artigos vão pra mídia.
Para produzir as imagems acima foram necessários três dias envolvendo carro, alguns quilômetros de estrada, barco, jet-ski, câmeras, alguns cartões de memórias, lesões e muita risada.
Agora que o mar baixou, podemos sentar, olhar, lembrar e eternizar momentos como esses, que fazem nossas vidas e esforços terem mais sentido, principalmente quando vivemos longe de casa.
Queria agradecer a Fabiano Medeiros, pelo empenho e por disponibilizar o jet-ski pra que tudo isso acontecesse com perfeição, e a César Pompermayer, que perdeu horas de surf pra clicar a galera em um dia em que fotógrafo nenhum gostaria de ser surfista.
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