O Corona Saquarema Pro 2024 apresentado por Banco do Brasil começou neste sábado (12) na Praia de Itaúna, região dos Lagos do Rio de Janeiro, e define as últimas vagas do Challenger Series (CS) para os atletas que competirão no Championship Tour (CT) em 2025. Em entrevista para a WSL na última quinta-feira (10), atletas brasileiros mostraram foco e falaram sobre expectativas para a etapa.
Na luta para se firmar na elite mundial da modalidade, Luana Silva busca inspiração em outros dois brasileiros. “Neste ano, foi incrível ver Ian Gouveia e Alejo Muniz voltarem ao CT depois de anos de luta. Foi muito bom assistir a história deles e ver o sonho realizado. Também quero lutar até o fim, igual eles, e me classificar de novo”, fala.
Ao todo, no feminino, são 10 surfistas disputando as duas últimas vagas entre as cinco primeiras colocadas do CS. A campeã da etapa brasileira no ano passado, a canadense Erin Brooks, de 17 anos, defende a quarta posição no ranking. Já a surfista espanhola, Nadia Erostarbe, está em quinto. Em sétimo, Luana Silva precisa chegar nas semifinais para ultrapassar a pontuação da Nadia Erostarbe. Outra brasileira com chances é Sophia Medina. Ela está em 13º lugar e, para entrar no G-5, necessita chegar na final.
Brazilian Storm forte em 2025 – Ian Gouveia conquistou vaga no CT em agosto, durante etapa realizada na Califórnia (EUA). Classificado para a elite mundial, ele projetou 2025 para os surfistas brasileiros e falou sobre a predominância do país no Challenger Series deste ano.
“Vai gerar muita expectativa para todos. Tem o Samuel (Pupo) que está num nível acima do Challenger Series e é um atleta que, mais cedo ou mais tarde, vai batalhar para estar sempre entre os cinco melhores. Ele gera mais expectativa. As pessoas também querem ver o que ele fará no Tour. Tem outras cinco vagas ainda abertas no masculino e tudo pode acontecer”, completa Gouveia.
No masculino, entre os dez brasileiros que estão na briga pelas sete últimas vagas, seis podem confirmar seus nomes sem depender de resultados dos outros surfistas. Para isso, Miguel Pupo precisa chegar nas oitavas de final em Saquarema, Edgard Groggia nas semifinais, Michael Rodrigues na grande final, enquanto Deivid Silva, Mateus Herdy e Caio Ibelli, só com a vitória na Praia de Itaúna.
Adriano Souza, o Mineirinho, foi fundamental – Alejo Muniz, por sua vez, relembrou as duas cirurgias no ligamento cruzado de cada joelho e a parceria firmada com o campeão mundial Adriano de Souza, o Mineirinho, no final do ano passado.
“Pouca gente sabe, mas comecei a trabalhar com o Mineiro e isso fez uma grande diferença para mim. Mudou meu jeito de competir e a forma como surfava. O Adriano me fez pensar diferente. Ele é uma grande parte da minha classificação”, revela.
“Durante esse período, tive altos e baixos, alguns anos estive próximo de me classificar, chegava aqui e não acontecia. As partes mais difíceis não foram as lesões, mas sim estar ali, muito perto de conquistar esse sonho de voltar ao CT, e não conseguir. Minha classificação e as lágrimas que eu tive (na etapa de Portugal) foram um desabafo de todas essas emoções guardadas durante esses anos”, afirma.
Saquarema bate recorde – Depois da realização do Saquarema Surf Festival, válido pelo Qualifying Series (QS), e do Vivo Rio Pro (etapa do CT), chegou a vez do Corona Saquarema Pro, apresentado por Banco do Brasil, fazer história.
“Essa é a única cidade do mundo a receber os três principais eventos da WSL, inclusive, o maior evento do mundo que é o Vivo Rio Pro. Estamos muito felizes de fechar esse ano especial com tantos recordes desta maneira”, afirma Ivan Martinho, presidente da WSL na América Latina.
Para receber o CS, a liga preparou uma série de ativações, entre elas o Saquá Run&Fun, corrida de rua; show da banda Rockin’Kidz; a bateria My Hero – Generations Heat, que terá os pais competindo na água, e os filhos, surfistas profissionais, como técnicos na areia; campeonato de altinha (Altinha Challenge); apresentação aérea da Esquadrilha Ceu, entre outras coisas atrações.
A Prefeita de Saquarema Manoela Peres, destaca que a parceria com a WSL gerou vitrine nacional e internacional para o município. “O surfe colocou o nome de Saquarema em outro patamar. Diversas etapas da WSL aconteceram na cidade e mostramos que temos condições de receber qualquer evento esportivo do mundo. Em termos econômicos e de visibilidade, é maravilhoso, para a cidade, receber esses eventos”, finaliza.
Sobre a World Surf League
A World Surf League (WSL) promove as principais competições de surfe no planeta, coroando os campeões mundiais desde 1976, com os melhores surfistas do mundo se apresentando nas melhores ondas do mundo. A WSL é composta por uma divisão de Circuitos e Competições, que supervisiona e opera mais de 180 eventos globais a cada ano; pela WSL WaveCo, que produz as melhores ondas artificiais de alta performance; e pela WSL Studios, com produções independentes de conteúdos e projetos com e sem roteiros.