Álfio Lagnado é, sem dúvida, um dos maiores entusiastas do surfe. Com sua marca, a Hang Loose, realizou e segue promovendo iniciativas que desbravaram e fortalecem a modalidade. Foi pioneiro com uma equipe brasileira no Circuito Mundial, quando o Brasil nem engatinhava entre os melhores do Mundo, fazendo Fabinho Gouveia e Flávio Teco Padaratz abrirem as portas para a sonhada elite do surfe internacional, ainda no final dos anos 80.
Criou a marca, que hoje é sinônimo de surfe, em 1982 e, apenas quatro anos depois, já promovia, uma etapa do Circuito Mundial em Florianópolis (SC). Surgia o Hang Loose Pro Contest, que se tornou o mais tradicional campeonato da América Latina e agora chega à 37ª edição, mais uma vez na Ilha de Fernando de Noronha, local considerado ideal por sua qualidade de ondas e pelo astral da comunidade.
O Elétron Energy apresenta Hang Loose Pro Contest está confirmado para os dias 28 de fevereiro a 5 de março, na Praia da Cacimba do Padre. A competição no arquipélago do litoral pernambucano é válida pelo Circuito Qualifying Series (QS), status 5000, da World Surf League (WSL), sendo fundamental para os atletas sul-americanos que buscam classificação para o Challenger Series.
Depois de fomentar o surfe por quatro décadas, Álfio segue na mesma empolgação do início, hoje mais calejado, mas a paixão pelo esporte é seu combustível para seguir realizando competições. “Fiz e continuo fazendo por paixão, porque eu gosto. Muitas vezes investi em eventos que sabia que não daria retorno, mas eram importantes para fomentar a base, uma região”, comenta o empresário.
“Mas eu sempre falo que muitas pessoas lá atrás, algumas menos, algumas mais, ajudaram. Foi uma união de gente que gostava do surf, de marcas, de técnicos, de atletas, de empresários que tinham o mesmo objetivo de colocar o Brasil no topo e aconteceu”, acrescenta.
Na base – Em paralelo ao emblemático campeonato profissional, Álfio realiza, desde 1995, o Hang Loose Surf Attack, voltado para categorias de base e responsável pela revelação da maioria dos principais nomes do Brasil, incluindo os campeões mundiais Adriano de Souza, Filipe Toledo e Gabriel Medina. Os dois primeiros vitoriosos em todas as faixas etárias do evento, bem como outros nomes como os irmãos Miguel e Samuel Pupo, Deivid Silva e Caio Ibelli, entre tantos. Todos eles orgulhosos de terem passado por esse degrau na carreira.
“Eu fiz porque sempre gostei e acreditei. O surfe não deve, porque eu já recebi de volta tudo o que eu investi, o que eu acreditei. Tenho muito orgulho do que eu fiz”, fala o empresário, citando o feito com a dupla Teco e Fabinho. “Isso melhorou a autoestima do brasileiro. Todo mundo falava que era uma viagem gastar dinheiro lá fora e aí os caras foram e aconteceram. Isso deu confiança para a geração que veio depois, que viu que dava para chegar lá e que acabou culminando com essa geração atual. Já fizemos quatro campeões mundiais. É uma loucura. O Brasil é a nação a ser batida”, ressalta.
Futuro – Para ele, investir no surfe ainda segue valendo a pena, tanto que não esconde sonhos futuros. “Ainda acredito, menos do que antigamente, mas é o jeito de medir quem são os melhores surfistas, quem são os verdadeiros competidores, especialmente num lugar como Noronha. Acho que vale a pena por ser Noronha. E ainda quero ter a oportunidade de dar um upgrade para um Challenger ou um CT lá”, revela.
O Elétron Energy apresenta Hang Loose Pro Contest em Fernando de Noronha é uma realização do Instituto Incentiva, com homologação da World Surf League (WSL) e patrocínios da Elétron Energy, através da Lei de Incentivo ao Esporte, do Governo de Pernambuco, e da Hang Loose.