Hang Loose Surf Attack

Equipe técnica atrai australiano

Ilha Comprida (SP) recebe dois eventos e australiano, Tim Just, chega para fazer parte da equipe técnica.

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Australiano Tim Just chega ao Brasil para fazer parte da equipe técnica nos eventos que acontecem na Ilha Comprida (SP).

Australiano, Tim Just vai integrar a equipe técnica da SPSurf em eventos na Ilha Comprida (SP), que acontecem entre os dias 5 e 9 de julho.

Ele já atuou em competições da International Surfing Association (ISA) e do WQS (hoje Challenger Series), e em circuitos por vários países do mundo, além de anos julgando eventos na Austrália e no Brasil.

Tim Just está no Brasil e será um dos juízes convidados pela Federação de Surf do Estado de São Paulo (SPSurf) para um intercâmbio como árbitro nos eventos que acontecerão em Ilha Comprida, entre os dias 5 e 9 de julho. Ele estará presente na segunda etapa do Hang Loose Surf Attack e na abertura do Circuito Paulista Colegial de Surf, na praia do Boqueirão Norte.

O australiano de 44 anos, casado com a brasileira Melina e pai de duas filhas, Chloe e Isis, conheceu o país em 2004, quando estava em uma trip de surf pelo mundo. Foi graças ao amigo Agobar Junior, renomado fotógrafo do surf brasileiro, que ele descobriu Florianópolis, cidade onde decidiu construir sua família.

Para o Tour Manager da SPSurf, Marcos Bukão, o intercâmbio entre a comissão técnica da Federação com árbitros experientes em eventos mundiais é muito positivo. “Eu acredito que assim como o intercâmbio entre atletas é positivo, o intercâmbio na comissão técnica também é, quando esse intercâmbio é feito com pessoas altamente qualificadas e com experiência em campeonatos mundiais pode somar muito ao nosso grupo”, diz.

Com uma carreira que começou em 1988, Tim acumulou vasta experiência como árbitro em competições importantes, incluindo eventos da International Surfing Association (ISA) e do WQS (hoje Challenger Series), em campeonatos nas Maldivas, Tahiti, Indonésia, Portugal, França, Nicarágua, Panamá, Peru, Chile, Havaí, Marrocos, Inglaterra, EUA, México, Costa Rica, Nova Zelândia e África do Sul, além de anos julgando campeonatos na Austrália e no Brasil, por meio da Federação de Surf de Santa Catarina.

“Muito bom a participação do Tim em nossa equipe. Ela vai acrescentar ainda mais profissionalismo em nosso trabalho e quem sabe não seja interessante para outros integrantes da equipe aprender com a experiência que ele tem como árbitro de importantes eventos pelo mundo. O nosso circuito paulista há muitos anos tem revelado fortes atletas com um nível técnico absurdo e temos que ter um corpo técnico a altura “, revela o Diretor Técnico da SPSurf, William Diegues.

Tim chegou a comentar sobre os desafios enfrentados pelos árbitros no surf atualmente, mencionando as críticas frequentes dos atletas e público. Ele ressaltou que muitas dessas críticas vêm de pessoas que nunca julgaram ou surfaram, o que compromete a credibilidade das observações.

“Mais transparência por parte dos juízes poderia ajudar bastante, mas muitos dos críticos mais severos nunca trabalharam no processo de julgamento nem competiram. É difícil levar suas opiniões a sério. Estamos sempre procurando mais juízes, então, se alguém acredita que pode melhorar o processo, deve fazer os cursos de julgamento e passar milhares de horas na praia em várias condições com pouca remuneração. Então, talvez entendam se suas opiniões têm o mesmo peso que aquelas de quem nunca esteve no processo”, enfatiza.

Depois de morar no Brasil entre 2006 e 2007, Tim percebeu o potencial dos surfistas brasileiros. Ele não se surpreendeu com o surgimento do “Brazilian Storm”, uma geração talentosa que domina o cenário internacional. Além disso, Tim destacou a evolução do surfe feminino brasileiro, citando algumas promessas ao título mundial.