O Stance ISA World Adaptive Surfing Championship chegou ao seu terceiro dia de competição em San Diego (EUA), deixando os dois últimos dias para a disputa de doze novas medalhas individuais de ouro e do campeão mundial de equipes.
O fenômeno colombiano de 13 anos, Freddy Marimon, nascido com focomelia (anomalia congênita que impede a formação normal de braços e pernas), avançou na primeira posição para as semifinais do AS-5, ganhando o maior somatório do dia com 15 pontos. Marimon mostrou melhora consistente em seus três anos de participação no evento, ganhando a medalha de bronze em 2017 e buscando o ouro em 2018.
A campeã mundial feminina AS-3 de 2017, Alana Nichols, mostrou que está firme e forte em busca do ouro, descolando a maior pontuação do dia entre as mulheres. Apesar de ter cometido uma interferência sobre Meira Duarte, do Havaí, que quebrou pela metade sua segunda maior pontuação, Nichols recebeu um total de 11.45 que foi destacado por um quase excelente 7.93.
Os surfistas com deficiência visual continuaram a impressionar com altas pontuações na sexta-feira. O campeão do mundo de 2016, o espanhol Aitor Francesena, marcou um total de 11.76 na Open e a inglesa Melisa Reid marcou 11.44 no Feminino.
Carmen Garcia, da Espanha, avançou para a final da categoria feminina de deficientes visuais, garantindo uma medalha em seu primeiro ano competindo no evento.
“Ao conhecer outras mulheres com deficiência visual no campeonato mundial, aprendi que os limites são apenas o que você define”, disse Garcia.
“Podemos continuar pressionando os limites do surfe adaptativo, especialmente porque há uma categoria de deficientes visuais para mulheres este ano pela primeira vez”, continua. “O surfe adaptativo me preenche e me dá paz. Meu principal objetivo no evento é chegar o mais longe possível e me divertir no campeonato mundial”.
O terceiro dia de competição começou com condições limpas e ondas sólidas em La Jolla. As condições permaneceram excelentes durante todo o dia e proporcionaram grandes oportunidades para os melhores surfistas adaptáveis do mundo em nove das doze categorias.
O dinamarquês Bruno Hansen, o competidor de surfe adaptado mais premiado da ISA com três medalhas de ouro nas categorias individuais, impressionou com manobras de borda e um tubo de manhã para receber a maior pontuação da categoria AS-4 (13.16).
Hansen expressou o grande impacto que este evento e o surfe adaptado tiveram em sua vida.
“Há muitas caras novas neste ano”, disse Hansen. “Há mais energia e mais agitação entre as equipes à medida que o evento continua crescendo”, conta o dinamarquês. “Antes de vir a este evento pela primeira vez, em 2015, eu não fazia ideia de que existiam outros surfistas adaptados no mundo. Eu cresci com o campeão mundial da África do Sul, Antony Smyth, e ele me contou sobre este evento. Agora, ao longo dos quatro anos em que competi, conheci milhares de amigos de todo o mundo que enfrentam desafios semelhantes aos meus”.
“O surfe adaptado salvou minha vida. Isso me fez querer continuar vivendo quando eu estava em um lugar escuro. Isso é o que o oceano faz, e eu vejo o mesmo efeito que isso em todos os outros competindo no evento”.
