Com 257 surfistas de 52 nações, os Jogos Mundiais de Surf da ISA em El Salvador acontecem entre os dias 29 de maio e 6 de junho, em El Sunzal e La Bocana, na cidade costeira de El Tunco.
Serão 12 vagas olímpicas em jogo – 7 para mulheres e 5 para homens – e surfistas de todo o mundo vão lutar pelo seu espaço no maior palco do esporte, os Jogos de Tóquio, no Japão.
As 122 mulheres que compõem 47% do total de atletas nesta edição quebram o recorde dos Jogos Mundiais da ISA de participação feminina pelo terceiro ano consecutivo. Em 2019, no Japão, 103 mulheres competiram, correspondendo a 42% das participantes.
“O crescimento contínuo da participação feminina é a prova do compromisso contínuo do ISA em promover a igualdade de gênero no esporte por meio de iniciativas como oportunidades iguais na competição, um programa de bolsa de estudos para surfistas sub 18 e programas de desenvolvimento de juízes livres apenas para mulheres”, divulga a ISA.
Defesa de título
A peruana Sofia Mulanovich e o brasileiro Italo Ferreira voltarão ao evento para defender os títulos de 2019 conquistados em Miyazaki, no Japão.
Mulanovich, de 37 anos, que ganhou sua primeira medalha de ouro na edição de 2004 do evento, voltou 15 anos depois em 2019 para adicionar a uma carreira já ilustre a sua segunda medalha de ouro individual nos World Surfing Games. Mulanovich tentará se tornar uma das sete mulheres a se qualificar para a estreia do surfe nas Olimpíadas.
Atleta olímpico e atual campeão mundial, Italo Ferreira reforçará o elenco de super estrelas do Brasil, campeão do ISA Games de 2019 por equipes. Junto com Ferreira estarão os companheiros olímpicos Gabriel Medina, Tatiana-Weston Webb e Silvana Lima, além de Filipe Toledo e Júlia Santos.
O Team Austrália entra no evento como um forte candidato a desafiar o Brasil. Os australianos já entram no evento com todas as vagas para as Olimpíadas preenchidas: Julian Wilson, Owen Wright, Sally Fitzgibbons e Stephanie Gilmore.
Com a qualificação olímpica em jogo, os maiores talentos emergentes do esporte estarão entre aqueles que buscarão sua passagem para Tóquio 2020. Leonardo Fioravanti da Itália, Vahine Fierro e Pauline Ado da França, Aritz Aranburu da Espanha, Mahina Maeda do Japão, Carlos Muñoz da Costa Rica, Rio Waida da Indonésia, e o campeão dos Jogos Mundiais de Surfe Masculino de 2018, o argentino Santiago Muñiz, para citar alguns, estão entre os que disputarão a classificação.
Tempos históricos
Competindo ao lado dos melhores surfistas do mundo, o ISA também receberá duas nações pela primeira vez na história: Argélia e Ucrânia. A Ucrânia juntou-se recentemente à ISA como a mais nova e 109ª nação membro, enquanto uma nova entidade, o Club Des Sports De Glisse, foi nomeada Federação Nacional oficial da Argélia. Ambas as equipes enviarão surfistas para se juntarem à comunidade global do surfe e tentarem se classificar para as Olimpíadas.
Outras nações não tradicionais marcarão presença, exemplificando o aumento do alcance global do esporte. Países como Afeganistão, Samoa Americana, Irã, Senegal e Guatemala colocarão atletas para surfar em suas seleções.
A equipe da Nicarágua terá três irmãs competindo por seu país: Valentina, Candelaria e Maxima Resano. Apesar da irmã mais velha, Valentina, ter apenas 17 anos, entre as três acumulam uma grande experiência nos eventos ISA Global, tanto no World Surfing Games como no Vissla World Junior Surfing Championship.
“São tempos históricos para o surfe. Coroaremos os campeões dos ISA World Surfing Games e concluiremos a qualificação para os Jogos de Tóquio 2020. Mais uma vez, iremos unir o mundo em paz por meio da comunidade, da juventude e do amor do nosso esporte”, diz o presidente do ISA, Fernando Aguerre.
“Enquanto tivemos que esperar um ano, a edição de 2021 será certamente uma das mais especiais da história. Tem sido um momento desafiador para todo o mundo, mas demonstramos nossa resiliência. Nosso esporte e comunidade estão mais fortes do que nunca”, completa Aguerre.
