No ano passado, Alejo Muniz ficou muito perto de retornar à elite mundial. Chegou a liderar o Circuito QS, mas na reta final, no Havaí, viu o sonho de estar novamente no CT, ser adiado, terminando na 19ª colocação no ranking. Mas o revés não o desanimou e ele começa 2019 querendo um bom resultado logo em seu primeiro campeonato, onde pode ser considerado um “veterano” e um dos favoritos.
Campeão em 2011 e terceiro em 2010, ano que garantiu seu ingresso no CT, o surfista de Bombinhas (SC) é um dos destaques no Oi Hang Loose Pro Contest, que depois de sete anos será disputado em Fernando de Noronha. A etapa status QS 6000, da World Surf League (WSL), será realizada entre os dias 19 e 24 deste mês, nas ondas da Cacimba do Padre, reunindo surfistas de 20 países.
Fora do CT desde 2016, ele não esconde a ansiedade de iniciar a temporada repetindo uma boa performance nos tubos de Noronha. “2018 foi um ano muito bom em resultados para mim, mas no final acabei ficando de fora dos dez primeiros e ter uma etapa grande no Brasil logo no começo pode ajudar muito. Estou muito feliz em competir em Noronha de novo e estou bem confiante”, afirma o surfista.
Em 2011, quando venceu o australiano Dion Atkinson, ele terminou em nono lugar no ranking QS, atrás apenas de grandes nomes (pela ordem): Kelly Slater, Joel Parkinson, Taj Burrow, Gabriel Medina, Owen Wright, Adriano de Souza, Julian Wilson e Jordy Smith. “Na primeira vez que me classifiquei para o CT, contei com uma semifinal lá e no ano seguinte consegui a vitória. Todos querem competir e pegar os tubos que deixam Noronha tão famosa. É o nosso Havaí brasileiro”, elogia Alejo.
Mais maduro, o atleta já traça metas para a temporada e o plano é garantir a vaga antes das etapas do Havaí. “Esse é o meu primeiro objetivo. Quero fazer algumas viagens de surf, mas levando a família, estar mais presente possível na vida do meu filho”, revela o atleta, falando sobre Martin, que acaba de completar um ano. “Estou aprendendo a ser pai”, brinca.
“No ano passado, estava muito confiante e quando vi que não consegui foi um baque muito grande. Mas isso faz parte da competição e depois de alguns anos competindo você aprende a lidar com isso. Ainda sou jovem, me sinto bem e sei que posso chegar lá e vou fazer o meu melhor para seja esse ano”, ressalta. “Se me classificar, tem muitas coisas que quero fazer diferente de quando eu estava lá. Aprendi muito e quero colocar em prática contra os melhores”, reforça.
O Oi Hang Loose Pro Contest é uma realização da World Surf League (WSL) com patrocínio naming rights da Oi, através da Lei de Incentivo ao Esporte, do Governo de Pernambuco; co-patrocínio da 51 Ice.