Red Nose Pro

Taça sul-americana em jogo

Paulistas Renan Pulga e Wesley Santos disputam troféu de campeão regional da WSL South America no Red Nose Pro.

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Wesley Santos é o terceiro colocado no ranking da WSL South America

O Red Nose São Sebastião Pro vai promover na próxima semana a última etapa importante do WSL Qualifying Series, antes do encerramento da temporada na Tríplice Coroa Havaiana. Mais de 100 surfistas de 13 países vão competir a partir de quarta-feira na Praia de Maresias, que certamente vai lotar mais uma vez no feriadão de 2 de novembro.

O evento com status QS 3.000, vale 3.000 pontos para o ranking que classifica dez surfistas para a elite dos top-34 da World Surf League e vai decidir o último título sul-americano de 2018 da WSL South America que ainda não foi definido. Os paulistas Wesley Santos e Renan Peres, o Pulga, são os únicos que podem repetir a festa do ano passado do surfista de São Sebastião, Thiago Camarão, com o troféu de campeão de 2017 na mesma Praia de Maresias.

“Ser campeão sul-americano sempre foi um sonho para mim, que consegui realizar no ano passado. Foi um título inédito na minha vida e que me rendeu bons frutos”, disse Thiago Camarão, que neste ano está na briga direta pelas últimas vagas na lista dos dez surfistas que se classificam para o CT pelo WSL Qualifying Series. Ele é 19º colocado no ranking que está garantindo até o 13º no momento, o norte-americano Evan Geiselman.

Uma vitória no Red Nose São Sebastião Pro pode leva-lo até a 15ª posição, para chegar mais próximo ainda do G-10 nas duas etapas do QS 10.000 que vão fechar a lista no Havaí. “É sempre bom competir em casa, sempre gera aquela ansiedade, mas estou sem pressão”, afirma o atual campeão sul-americano. “Ninguém espera que eu vá conseguir (a vaga) e não será uma missão fácil, então estou indo para o Havaí sem pressão e se acontecer será incrível”.

O título sul-americano da WSL South America ganhou importância quando a World Surf League passou a garantir a participação dos campeões regionais dos seus sete escritórios divididos pelo mundo, nas etapas com status QS 10.000 e QS 6.000, que são decisivas na disputa pelas dez vagas para o CT. Isso para premiar os surfistas que não conseguirem ficar entre os 96 primeiros colocados no ranking final do WSL Qualifying Series, número limite dos que podem competir nestes eventos mais importantes.

Então, ser campeão regional é a grande chance para Wesley Santos e Renan Pulga, pois no momento estão fora deste grupo. Wesley é o vice-líder no ranking da WSL South America e no QS ocupa o 139º lugar, com Renan em 133º no mundial e terceiro no regional. O líder é o peruano Alonso Correa, que não vem defender o título sul-americano no Brasil. O Peru não tem nenhum campeão da categoria masculina na história da WSL South America, mas ele preferiu ir disputar a etapa de Sunset Beach que começa neste sábado no Havaí, também com status QS 3.000 como o Red Nose São Sebastião Pro.

Terceiro colocado, Renan Pulga ainda tem chances de levantar o caneco.

Chances de título Para superar os 2.280 pontos do peruano Alonso Correa no ranking, o surfista de Peruibe, Wesley Santos, precisa no mínimo de um nono lugar no QS 3.000 Red Nose São Sebastião Pro. Ou seja, não ficar em quarto lugar na última rodada de baterias formadas por quatro competidores, quando os 16 melhores do campeonato disputam vagas para as quartas de final. A missão de Renan Peres, que é de São Sebastião, da Praia da Baleia, é mais difícil, pois para ele só interessa a vitória na Praia de Maresias.

Os dois já conseguiram vencer etapas do WSL Qualifying Series pela primeira vez nas suas carreiras esse ano. Wesley Santos chegou até a liderar o ranking sul-americano com a vitória no QS 1.500 da Argentina, no início do ano em Mar del Plata. E Renan Peres festejou seu primeiro título em eventos do Circuito Mundial nos Estados Unidos, em agosto no QS 1000 da Carolina do Norte. Mas, na América do Sul, Pulga só conseguiu chegar nas quartas de final, ficando em quinto lugar três vezes, a última delas semana passada em Itacaré, na Bahia.

Estrelas da elite A tarefa não será fácil para eles, pois surfistas de outros doze países vêm disputar os 3.000 pontos do Red Nose São Sebastião Pro, dos Estados Unidos, Portugal, França, Espanha, Alemanha, Suécia, México, Argentina, Uruguai, Peru, Chile e Ilhas Canárias. Além disso, para complicar ainda mais, até algumas estrelas da elite mundial vão competir, como o número 4 do Jeep Leaderboard, Italo Ferreira, que se tornou o único a vencer três etapas do CT esse ano, com o título conquistado na última semana em Portugal.

O cearense Michael Rodrigues, o catarinense Yago Dora, o pernambucano Ian Gouveia e o paulista Jessé Mendes, são os outros integrantes da “seleção brasileira” no CT 2018, que vão prestigiar o Red Nose São Sebastião Pro na próxima semana em Maresias. O campeão mundial Adriano de Souza também estava inscrito, porém sofreu uma contusão no joelho em Portugal e teve que cancelar sua participação.

Cartaz do Red Nose São Sebastião Pro 2018.

Candidatos ao título O potiguar Jadson André e o paulista Miguel Pupo, que mora na Praia de Maresias, são mais dois fortes concorrentes ao título do QS 3.000 da Red Nose em São Sebastião. Jadson é o sétimo do ranking no momento e Miguel também já esteve no G-10 esse ano, mas agora ocupa a 23ª posição. Pupo já venceu essa etapa em sua casa três anos atrás e pode subir para o vigésimo lugar se repetir o feito.

Outro sério candidato ao título em Maresias é o paulista Deivid Silva, número 6 no ranking do QS e que está bem perto da tão sonhada vaga no CT. Ele está invicto em etapas da World Surf League promovidas pela Red Nose. Ganhou o Red Nose Pro Junior em 2014 em Baía Formosa (RN) e no ano seguinte foi campeão também do QS 6.000 Red Nose Florianópolis Pro no Costão do Santinho (SC). Além disso, ainda venceu o QS 3.000 da Praia de Maresias no ano passado, então vai defender o título na volta da marca com o Red Nose São Sebastião Pro.

Sobre a Red Nose A Red Nose foi criada em 1996, quando o idealizador da marca conheceu o Pitbull Red Nose, o “puro pitbull”, uma raça até então pouco conhecida. Foi inspirada na agilidade, força, atitude e coragem deste animal que nasceu a Red Nose, uma das marcas mais Xtremes do mundo dos esportes de ação mais intensos e radicais.

Começou apoiando as lutas de Jiu Jitsu e MMA, depois outras modalidades como o Big Surf, Skate, Caiaque, Paraquedismo, Motocross e Motorsports, se incorporaram ao team Red Nose Xtreme. Em 2014, a marca realizou seu primeiro evento internacional de surf, o Red Nose Pro Junior em Baía Formosa (RN). E em 2015, promoveu uma etapa do WSL Qualifying Series com status QS 6.000 em Santa Catarina, o Red Nose Florianópolis Pro no Costão do Santinho. Curiosamente, ambos os eventos foram vencidos pelo mesmo surfista, o paulista Deivid Silva.

O Red Nose São Sebastião Pro é uma realização da World Surf League com patrocínios da Red Nose, Jeep, Corona, Prefeitura Municipal de São Sebastião. Divulgação: 89 FM e Waves. Apoio: Confederação Brasileira de Surf, Federação Paulista de Surf, Associação de Surf de São Sebastião e Associação de Surf de Maresias.