Talento Feminino Onda 2

Meninas apavoram na Surfland

Nova geração do surfe feminino brasileiro recebe treinamento focado no desenvolvimento de manobras na piscina de ondas da Surfland, Garopaba (SC).

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Meninas na Surfland, Garopaba (SC).@bernardeeslu / @keiksland
Meninas na Surfland, Garopaba (SC).

Começou na última segunda-feira (26) na piscina de ondas da Surfland Brasil, em Garopaba (SC), a segunda fase do programa Talento Feminino Onda 2. O treinamento vai até esta quinta-feira (29) e é promovido pela Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) em parceria com a área de Desenvolvimento e Mulher no Esporte do COB – Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e a Surfland Brasil.

O programa visa acelerar o desenvolvimento técnico das jovens surfistas brasileiras, utilizando a repetição como uma ferramenta essencial para automatizar movimentos e aumentar a segurança durante a execução das manobras. A piscina de ondas da Surfland Brasil, como um ambiente de treino altamente controlado e repetitivo, oferece o cenário ideal para esse tipo de treinamento.

O programa, que começou no início do ano com avaliações físicas, treinamentos e palestras educacionais no Centro de Treinamento Time Brasil, agora tem como foco exclusivo o aperfeiçoamento das manobras. “O nosso objetivo aqui é oferecer um ambiente onde as meninas possam não só aprimorar o que já sabem, mas também ousar em novas manobras. A repetição é a chave para o desenvolvimento técnico e, na piscina, conseguimos isso de forma única e inédita para o surf feminino”, destaca Brigitte Mayer, diretora do Núcleo Feminino e vice-presidente da CBSurf.

Lulu Vivian, 13 anos, em ação.@bernardeeslu / @keiksland
Lulu Vivian, 13 anos, em ação.

O Talento Feminino leva para o treinamento na Surfland Brasil 12 jovens surfistas com idades entre 12 e 16 anos, oriundas de várias partes do país. Os nomes são, Maria Clara, 15 anos, Rio Grande do Norte; Gaby Queiroz, 16, Ceará; Lulu Vivan, 13, Santa Catarina; Kyara Antunes, 14, Santa Catarina; Lanay Thompson, 14, Rio de Janeiro; Ana Gabriela Dagostini, 12, Espírito Santo; Maria Julia Stefani, 13, São Paulo; Carolina Bastides, 12, São Paulo; Isabel Meyer, 13, São Paulo; Manuela Medeiros, 14, São Paulo; Maeva Guastalla, 13, São Paulo; e Maria Paula Stefani, 13, São Paulo.

O treinamento – As surfistas têm duas sessões diárias de surfe na piscina por quatro dias, cada uma focada em um tipo específico de onda como aéreo, tubo, combo de manobras, etc. As sessões de surfe são acompanhadas por vídeo análises detalhadas realizadas por uma equipe técnica especializada, incluindo Brigitte Mayer, Karina Abras, coordenadora do Núcleo Feminino da CBSurf, Andrea Lopes, técnica de surfe do Núcleo Feminino e Paulo Kid, técnico de surfe do Talento Feminino.

Paulista Manu Medeiros, 14 anos, prepara-se para entubar. @bernardeeslu / @keiksland
Paulista Manu Medeiros, 14 anos, prepara-se para entubar. 

Desde que as piscinas de ondas começaram a se destacar ao redor do mundo, o Núcleo Feminino da CBSurf via essa tecnologia como uma oportunidade de acelerar o desenvolvimento das jovens atletas. “Sempre conversamos sobre o quanto a piscina de ondas poderia encurtar os processos de aprendizado e aperfeiçoamento. Ter a chance de agora colocar isso em prática com a nova geração de surfistas brasileiras é a realização de um projeto feminino que foi planejado e estruturado lá no início da gestão”, revela Brigitte.

O treinador físico especialista em técnicas respiratórias Rafael Maldonado, que conduz atividades de respiração e mobilidade para ajudar as atletas a controlarem suas emoções e aumentarem seu desempenho, dando continuidade ao trabalho que começou na 1ª fase do Onda 2 no Rio de Janeiro.

A fase atual também contará com a presença de Júlia de Carvalho, gestora do surf na área Mulher no Esporte do COB, que apoia o programa desde a sua concepção. A participação de Júlia reforça o compromisso do COB em promover o desenvolvimento do surfe feminino de base no Brasil, como parte do Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino.

Vídeo análise com Paulo Kid e Andrea Lopes.@bernardeeslu / @keiksland
Vídeo análise com Paulo Kid e Andrea Lopes.

Convidadas – Além disso, o programa busca inspirar as jovens a sonhar alto, mostrando que, com dedicação e o suporte adequado, é possível alcançar o sucesso no cenário competitivo internacional. A presença de figuras importantes do surfe feminino reforça a mensagem, servindo como exemplos concretos de onde o esporte pode levar. Por isso a 2ª fase tem como convidadas:

Tainá Hinckel, atleta olímpica, 9ª colocação em Teahupoo 2024 e campeã brasileira de surfe 2023; Roberta Borges, primeira campeã brasileira de surfe e uma das pioneiras do esporte no país; Jacqueline Silva,vice-campeã mundial e campeã da importante etapa de Honolua Bay no Havaí; Alexia Monteiro, integrante da seleção brasileira júnior e do programa de Desenvolvimento Júnior.

O treinamento também conta com uma palestra sobre a história do surfe feminino no Brasil.

Paulista Maria Julia Stefani, 13 anos, aprimora aéreo.@bernardeeslu / @keiksland
Paulista Maria Julia Stefani, 13 anos, aprimora aéreo.

Trabalho em conjunto – A realização do Talento Feminino Onda 2 só foi possível graças ao apoio do COB, que, através do Programa de Desenvolvimento do Esporte Feminino, financiou o projeto por meio do edital Mulher no Esporte. Esse suporte, aliado à parceria com a Surfland Brasil, permitiu que o programa se expandisse e oferecesse um treinamento de alta qualidade às jovens surfistas.

Com um foco na repetição, vídeo análises e treinamento multidisciplinar, a segunda fase do Talento Feminino Onda 2 representa um passo importante na construção de uma nova geração de surfistas brasileiras. Ao proporcionar um ambiente de treino ideal e apoio especializado, a CBSurf reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do surfe feminino, preparando essas jovens atletas para competirem no mais alto nível.

Potiguar Maria Clara, 15 anos, treina forte.@bernardeeslu / @keiksland
Potiguar Maria Clara, 15 anos, treina forte.
Paulista Maria Paula Stefani, 13 anos, joga água depois de manobrar forte.@bernardeeslu / @keiksland
Paulista Maria Paula Stefani, 13 anos, joga água depois de manobrar forte.

Sobre a CBSurf – Reconhecida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e pela ISA (International Surf Association), a Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) é a entidade nacional de administração do surf e de todas as atividades relacionadas aos esportes com pranchas, como definido no Estatuto da CBSurf. A entidade foi originalmente fundada em 17 de outubro de 1998 e conta com 15 federações estaduais filiadas. A sede atual está situada na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, tendo como presidente Flavio Padaratz e como vice-presidentes Paulo Moura e Brigitte Mayer, eleitos em fevereiro de 2022.

A CBSurf tem como missão desenvolver, produzir, chancelar e organizar o Dream Tour e a Taça Brasil, que compõem o Campeonato Brasileiro de Surf, o Circuito Brasileiro do Surf de Base, o Circuito Brasileiro de Ondas Grandes, o Circuito Brasileiro de Longboard, o Circuito Brasileiro Master, o Circuito Brasileiro de Stand Up Paddle (Race, Wave, Sprint e Paddleboard) e o Campeonato Brasileiro de Parasurf. Todos, nas categorias masculina e feminina.

Acompanhando o enorme sucesso do surfe brasileiro, tanto no Circuito Mundial, com seis títulos mundiais nos últimos nove anos, quanto na Olimpíada do Japão, com a conquista da inédita medalha de ouro na estreia do surfe, uma nova gestão feita por ex-competidores da elite mundial e pelos melhores profissionais brasileiros, a CBSurf tem, como valor principal, promover e desenvolver a criação de ídolos nacionais, e consolidar as carreiras dos atletas de todas as categorias, inclusive das profissões que gravitam em torno das competições, trazendo dignidade pra toda a comunidade do surfe brasileiro. Em 2023, o Dream Tour estabeleceu um padrão e patamar inédito e histórico em todo o mundo.