Construir pranchas usando cortiça não é novidade. Felipe Siebert e Matt Biolos que o digam. Porém, essa prancha da Album Surf tem alguns diferenciais interessantes, a começar pela inclusão do alumínio no fundo.
Sim, a prancha com alma de EPS, sem longarina, leva uma camada de fibra e resina Epoxy. Depois é selada a vácuo com cortiça no deck, dobrando as bordas até o fundo, onde há uma lâmina de alumínio. Não há necessidade de finalização com lixa.
Segundo Josh Kerr, que nunca gostou de nada muito fora da fórmula PU/Poliéster, a prancha tem um peso normal, boa flutuação, flexibilidade mais rígida do que as de EPS tradicionais e acelera muito. Ainda segundo o aussie, parece que o alumínio deixa a prancha com boa torção e deslizando mais na superfície da água do que as pranchas normais, de fibra.
Esse tipo de construção foi patenteado por designers e engenheiros industriais italianos. Matt Parker, da Album Surf, gostou da ideia e, em parceria com eles, desenvolveu a “Lumicork” em sua fábrica na Califórnia.
Além do visual diferente, mais resistente no fundo e potencial ganho de velocidade nas ondas, a prancha também da uma ajudinha ao meio ambiente, já que não necessita fibras lixadas e utiliza, numa certa porcentagem, materiais menos danosos ao meio ambiente. A cortiça é um produto natural e o alumínio surge de materiais reciclados.
Legal, a prancha parece realmente mais resistente aos danos causados por pequenos acidentes. Parece que funciona bem nas ondas e da uma mãozinha para o meio ambiente. Lógico, tudo isso vai custar um pouco mais. Algo perto de mil dólares. Agora é esperar para ver até onde a Lumicork realmente oferece um custo benefício que agrade ao mercado.
Confira abaixo o vídeo de Josh Kerr surfando com a Lumicork 5’8” x 19” x 2.38”, no México.