O longboarder australiano Harley Ingleby, bicampeão nacional e mundial, é o tipo de cara que traz ao mercado modelos interessantes de longboards e afins.
Ele tem trabalhado com uma série de pranchas, feitas com tecnologia específica (Thunderbolt Technologies), em epóxi, sempre puxando para o lado do long progressivo. Mas, um modelo em especial me chamou a atenção.
A prancha parece fazer parte de uma tendência que tem tudo para emplacar. A Moe é uma mid-length, ou seja, tamanho médio. Vale explicação…
Quando as pranchas começaram a diminuir, lá nos anos 60, houve um momento em que elas não tinham o tamanho dos longboards e nem eram o que veio a ser chamado de mini model. Eram pranchas grandes, de proporções avantajadas, com foil e outline mais requintados, só que a ideia foi um tanto esquecida e elas sumiram como “categoria”.
No momento em que o mercado pede pranchas que remem melhor, com mais estabilidade, sem perder muito a linha de surfe mais radical, diferentes de um long clássico ou mesmo progressivo, o vídeo de Ingleby surfando parece oferecer uma boa opção.
Reparem que não se trata de um “Funboard”, nem de um mini-long. O modelo apresenta um fundo basicamente flat, até o leve double concave que se estende da terceira parte, mais próxima às quilhas, até a rabeta. As bordas não são muito grossas e vão ficando mais finas e afiadas perto das quilhas.
A largura na área onde você pisa tem sustentação para fazer a onda toda sem sair dali. Pois é, parece uma pranchinha normal, só que é maior. Outros modelos têm até outlines mais agudos.
Veja as proporções. Uma 7’2” tem 22” X 2 13/16” e 49.4 litros. Já a 8” chega a 22 5/8” x 3 1/16” e 61.2 litros. O shaper Billy Tolhurst, um dos responsáveis e entusiastas pelo ressurgimento dessas “mid-lenghts”, ainda deixa claro que a Moe funciona muito bem como quadriquilha ou, para quem gosta de algo mais pilotável, também como triquilha.
Ainda há a possibilidade de 2+1, para esse modelo que vai de 7’2” a 8’, mas daí me parece que começaria a reagir mais como longboard.