Esse ano minha opção foi passar os meses de janeiro e fevereiro no Havaí. A ideia de viajar no final da temporada de inverno é encontrar menos crowd, o que nem sempre acontece. Minha onda preferida no North Shore de Oahu é Pipeline, a mais cobiçada do planeta. Mas pegar uma onda lá é muito difícil, e qualquer diminuição na quantidade de pessoas na água faz toda a diferença.
Algumas ondulações com calibre apareceram na previsão, mas, para minha surpresa, o swell estava dentro do período de espera do Volcom Pipe Pro. Ainda tentei uma vaga, mas a fila de espera já era enorme. Já o próximo swell bateu com o Mike Stewart Invitational, evento de bodyboarding. Assim, em dois meses deu para pegar dois ou três dias em Pipeline.
Por outro lado, Rocky Point e Off-The-Wall deram ondas constantes e a evolução de quem se dedica ao surfe nestes picos é garantida. Tive a oportunidade de participar do treinamento de um grupo de talentosos adolescentes como Tuco Arruda, Bela Nalu, Keone Roitman e Sol Gruendling. Para o treino da molecada foi ótimo, muitas opções de onda e excelentes pistas de skate que serviram para treinar os aéreos, um dos principais objetivos do trabalho.
Para completar, nos hospedamos na casa do Thiago e da Leticia Roitman, pais do Keone, e lá tínhamos vários elementos para o skate street e ainda uma cama elástica para o treino dos aéreos.
A trip foi demais, o Havaí é mágico, com cenários alucinantes, porém quase sempre com vento, chuva e crowd. Como diz o ditado: “rapadura é doce, mas não é mole”. No vídeo acima vocês acompanham minhas melhores ondas desta viagem.
Foto de capa @gonzolenz