Em entrevista exclusiva ao Waves, Filipe Toledo criticou o formato do Circuito Mundial em 2022. Para o surfista, vice-campeão do MEO Pro Portugal, pode ser injusto o corte de atletas após a perna australiana.
“A maioria do circuito não concordou com o corte, mas é uma regra que a WSL impôs. A gente tentou reverter essa situação, mas enquanto a gente não consegue, o foco é passar bateria e ficar longe do corte”, diz Filipe.
Os surfistas terão mais duas etapas para pontuarem e ficarem entre os 22 primeiros do ranking entre os homens e 10 primeiras entre as mulheres. Quem estiver abaixo deste número, não poderá participar das cinco últimas etapas e ainda terá que disputar o Challenger Series no segundo semestre para voltar ao mundial.
“Prejudicou muitos atletas. O Jake Marshall que se machucou na minha bateria, por exemplo. O Carlos Munhoz, que surfou uma bateria em Pipeline, provavelmente vai ficar de fora. Então, a gente vê atletas que ficaram 15 ou 20 anos batalhando para entrar no circuito, que não vão conseguir mais fazer parte. Acho até injusto”, explica Toledo.
A ideia da WSL é encurtar o tempo de campeonato nas últimas etapas do ano, tendo maior chance de aproveitar as melhores condições de ondas para realizar as disputas até o final.