Lucas e João em Teahupoo

Chumbo realiza sonho

"O bom de estar com o meu irmão é que ele eleva o nível e tenho que correr atrás", diz Lucas Chumbo em entrevista exclusiva sobre trip em família para Teahupoo, Taiti.

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Lucas Chumbo e João Chumbinho estiveram em Teahupoo recentemente para aproveitar duas grandes ondulações que quebraram na joia taitiana. Os irmão pegaram altos tubos e mostraram que tamanho e performance estão no DNA da família. Eles falaram sobre a experiência em entrevista exclusiva ao Waves.

“Essa trip para o Taiti com meu irmão foi a realização de um sonho de criança”, conta Lucas. “Então, minha filha tinha nascido fazia duas semanas, mas eu já estava monitorando essa ondulação nos mapas. Quando tudo deu uma acalmada aqui em casa e vi que daria para ir para o Taiti pegar essa ondulação gigante, não tive dúvidas. Liguei para meu irmão que estava vindo da Austrália e fomos pra lá”, completa.

Essa não foi a primeira vez de Lucas nas ondas perfeitas de Teahupoo, mas para João tudo era novidade. “Ver ele (João) surfando lá em Teahupoo pela primeira vez foi muito impressionante. Ele domina a performance de backside como ninguém. É muito bizarro. O John John e o Andy Irons são os caras mais parecidos com ele de backside, na minha opinião. Ele pegou tubos incríveis, tomou vacas absurdas. Mas foi uma sessão de altíssimo nível”, orgulha-se Lucas.

Teahupoo é a onda que Lucas Chumbo mais gosta no mundo.

A dupla pegou duas ondulações de responsa. Na primeira, preferiram nem arriscar muito, pois sabiam que a segunda seria ainda melhor. Ninguém queria se machucar ou quebrar todas as pranchas. Na segunda ondulação o mar chegou a ter ondas de 15 a 18 pés (5 metros e meio), e rolaram alguns momentos assustadores no canal taitiano.

“O bom de estar com o meu irmão é que ele eleva o nível e tenho que correr atrás. Mas quando o mar sobe, acabo jogando umas bombas no peito dele e ele tem que se arremessar em algumas também. Então fica uma competitividade, mas sempre com aquele amor por trás. Sempre um olhando pelo outro”, conta Lucas.

Para Lucas, a trip teve um fator especial. Foi a primeira vez que viajou após o nascimento de sua primeira filha, Maitê. “Foi minha primeira trip pós Maitê, então eu estava mais responsável. Só remei em ondas mais perfeitas e não em todas as bombas suicidas. Tentando acertar as mais perfeitas, cabulosas e gigantes”, conta o papai. “Mas fiquei com o coração apertado de saudades, sempre com o rostinho dela na minha cabeça”, finaliza.