Gabriel Medina

Papo com os fãs

"Se eu não fosse surfista, acho que seria um jogador de futebol". Gabriel Medina responde a fãs durante visita à sede da WSL.

Gabriel Medina visita sede da WSL e conversa com fãs.

Recentemente, o bicampeão mundial Gabriel Medina visitou a sede da World Surf League em Santa Mônica, Califórnia (EUA), e respondeu a algumas perguntas enviadas pelos fãs.

Veja como foi o bate-papo.

Como se sente em ser o novo herói do Brasil?

Estou muito feliz por ter conquistado meu segundo título mundial pelo Brasil. Eu passei o ano viajando e treinando duro… a rotina rígida de um atleta é difícil, mas vale a pena no final. É muito legal poder fazer outras pessoas felizes fazendo o que eu mais amo. Então, é um prazer representar meu país, dar essa felicidade ao povo. Sou muito grato por todo o amor e apoio. Vamos continuar, porque teremos mais este ano.

No intervalo de tempo entre os dois títulos mundiais (quatro anos), o que você fez para se preparar? O que mudou no seu regime de treinamento?

O ano passado foi muito difícil para mim porque eu tive muitos altos e baixos e foi um ano em que tive que manter meu foco e aprender a ser consistente. Então, trabalhei muito mais fora da água. Eu treinei muito para passar os momentos que precisava enquanto me sentia confortável. Eu acho que é por isso que tudo deu certo.

O maior esforço de treinamento foi definitivamente fora da água. Dentro d´água é o mais divertido. É a hora de colocarmos tudo para fora, fazer o que sabemos fazer. Graças a Deus tudo funcionou bem para mim.

Medina em ação no Tahiti Pro.

Qual é o maior desafio de ser um atleta de alto nível? Alguma restrição?

É sua responsabilidade sempre ser o melhor, acima dos outros. Você tem que treinar duro, tente muito ser o melhor. É a rotina do dia-a-dia. Você tem que ter uma vida estrita, o que é muito difícil. Tenho 25 anos, tenho os desejos de qualquer outro da minha idade. Então às vezes eu tenho que dizer não. Mas é isso, depende do propósito de cada pessoa. Nos últimos anos, acho que tudo valeu a pena. Como meu pai diz: “O esforço é momentâneo, mas a glória é para sempre”.

Se você não fosse um surfista, o que você seria?

Se eu não fosse surfista, acho que seria um jogador de futebol.

Qual foi a pior vaca que você já levou?

A pior delas foi em Fiji. As ondas estavam enormes. Eu sabia que ia ser grande, mas eu não imaginava que seria tão grande. Eu estava com Owen Wright. Nós remamos juntos e tomamos na cabeça. Na verdade, quando olhei para a onda, já estava sem fôlego. No fim, tudo estava bem, mas eu estava com muito medo.

Qual o segredo para vencer em Pipeline?

Meu segredo é comer muito chocolate… (risos)!

Gabriel Medina em Jeffreys Bay, África do Sul.

Você já teve medo do oceano?

Sim. O oceano é um elemento que sempre te surpreende. A força do mar assusta qualquer um – correntes, ondas grandes, etc. Há muitos medos quando se trata do oceano. Você não pode brincar com a natureza, é muito mais forte que nós. Eu acho que é isso que torna nosso esporte tão especial. Porque nunca sabemos o que vai acontecer. Então temos que estar preparados para qualquer situação. Estou muito feliz por trabalhar no oceano.

Em quem você se inspira?

Minha maior inspiração é Ayrton Senna. Pelo que eu vi nos filmes – particularmente em seu filme e em seu livro. Ele é uma pessoa com quem eu me identifico muito, então ele é uma grande inspiração para mim.

O que você diria 10 anos atrás?

Eu diria a mim mesmo para continuar acreditando em meus sonhos. Eu diria a mim mesmo para lutar até o fim. Quer dizer, não tem fim, né?! Eu diria a mim mesmo para trabalhar duro, para sempre dar o meu melhor, para que eu possa realizar meus sonhos.

Fonte: Worldsurfleague.com.

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