Paloma Olivero

A primeira vez no QS

Buziana Paloma Olivero fala sobre estreia no QS com apenas 16 anos. Atleta conseguiu um quinto lugar no LayBack Pro Prainha 2023.

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Paloma Olivero conquistou o 5° lugar no LayBack Pro Prainha.

A Região dos Lagos do Rio de Janeiro contém picos que costumam revelar talentos. Foi dessa região que apareceram para o mundo Victor Ribas, Leo Neves (radicado em Saquarema), Raoni Monteiro, João Chumbinho, Caio Teixeira, Theo Fresia, Karol Ribeiro, Gabi Teixeira e, mais recentemente, Pablo Gabriel. Atletas de diversas cidades do interior fluminense.

No último mês de junho rolou o LayBack Pro Prainha, na capital carioca, válido pelo WSL QS. E mais uma atleta da Região dos Lagos fez bonito e apareceu para o mundo. Com apenas 16 anos, a buziana Paloma Olivero fez sua estreia em competições internacionais e, de quebra, conseguiu a 5° colocação na etapa.

Palominha tem bons resultados no amador. Foi campeã carioca Sub-12, em 2019; vice-campeã Sub-18, em 2021; campeã carioca Sub-18 e vice Sub-16, em 2022; e fez seu primeiro pódio profissional neste ano na etapa do Quissamã Pro, válido pelo estadual.

Olivero teve seu primeiro contato com o surfe em uma Escolinha Municipal de Búzios, aos 7 anos de idade. Sempre acompanhada e incentivada pela família, se encantou pelo esporte e o escolheu como sua paixão.

O Waves bateu um papo com a jovem surfista, que contou como foi a experiência de competir tão jovem uma etapa do QS. Confira.

Paloma no treino, em Geribá, Búzios (RJ)

Qual o sentimento de estrear no QS com apenas 16 anos?

Foi um sentimento muito bom. Nunca tinha corrido um QS profissional e fiquei muito feliz. Estar junto das meninas, o nível tão alto, fizeram com que o campeonato fosse mais especial. Competir com surfistas que admiro e sigo, é muito bacana. Mostra também que estou no bom nível. Agora é seguir trabalhando e evoluindo.

Como foi para você conseguir o 5° lugar no LayBack Pro?

Uma realização, na verdade. Fui mais pela experiência e como consequência consegui um 5° lugar e gostei muito. Fiquei feliz por ter mostrado o meu surfe, que sempre é a meta. Muito além das baterias, estar em um campeonato desse nível é uma ótima oportunidade para mostrar nosso surfe e fazer uma boa performance.

Você tem o apoio muito forte da família, principalmente da sua mãe. O quanto isso influencia nos bons resultados?

Eu tenho muito apoio da minha família. Da minha família inteira. Minha mãe é a maior incentivadora, ela está comigo em todo campeonato, todos lugares que eu vou e em todos os treinos também. Sou muito grata por isso.

Já traçou o objetivo daqui para frente? Quais os próximos resultados você almeja?

Tenho o objetivo de me classificar para o ISA amador, do ano que vem. Estou com esse objetivo por enquanto, e vivendo cada dia. Tenho etapas do amador e profissional ainda este ano, válidas pelo estadual e brasileiro. O que vai ser ótimo para seguir ganhando experiência, aprendendo a competir, que não é fácil (risos) e seguir em frente.

Qual o seu maior objetivo como atleta de surfe?

Poder ser atleta profissional e viver disso. Que eu acho ser o mais difícil, ainda mais aqui no Brasil. Meu propósito é chegar o mais alto que puder, e seguir me realizando através do esporte.

As etapas agora contam com a equiparação das premiações entre homens e mulheres. Como você vê essa questão? Demoraram para acertar?

Demoraram um pouco. Demoraram muito, na verdade. Hoje em dia vemos muito o surfe masculino e o feminino se igualando, não só de qualidade mas como um todo. Acho que também para incentivar, por não ter tantas mulheres competindo. Essa parte do incentivo faz muita diferença. Quando eu competia mais nova não recebia premiações e isso desmotivava bastante. Isso fazia questionar se valia a pena continuar.

Por que você acha que Búzios, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Saquarema revelam muitos surfistas com potencial?

São ondas que rolam constantemente e difíceis. Não são ondas perfeitas, como a gente vê em outros lugares. Essas condições difíceis fazem os atletas serem preparados para diversas condições.