US Open of Surfing

Marco Giorgi na roubada

Marco Giorgi tem pranchas extraviadas pela American Airlines e fica doente no US Open em Huntington Beach, etapa do CS na Califórnia (EUA). Confira relato do atleta.

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Marco Giorgi compete o Challenger Series.

Após quatro voos, um atraso, um voo perdido e muitas horas de aeroportos finalmente cheguei na Califórnia (EUA). Quando fui buscar as minhas pranchas, nada. Pensei: tudo bem, com certeza chegam mais tarde.

Este mais tarde se transformou em amanhã. No dia seguinte já meio estressado e sem pranchas, comecei a me sentir meio mal. Dor abdominal, dor de cabeça e febre. Pensei, Covid? fiz um teste e deu negativo. E as pranchas? nada.

No dia seguinte acordei pior do que estava. Pensei tá, vou descansar e amanhã acordo melhor. No dia seguinte acordei pior ainda: febre, dor de cabeça bizarra e dor de abdômen.

Fiquei mais preocupado sobre o que poderia ser, pedra no rim? Sei lá, comecei a correr atrás do seguro do banco, porque o seguro “barato” da WSL (US$ 900) só cobre se você se machucar na bateria.

No quarto dia (um dia antes da minha bateria) resolvi ir na emergência de um hospital de Laguna Beach aqui perto. Fiz exame de sangue, tomografia e felizmente não acusou nada sério.

Atleta competiu no LayBack Pro 2022 na Praia Mole, Florianópolis (SC).

Me deram algumas drogas e me mandaram para casa. Chegando em casa minhas pranchas ainda não tinham chegado. Era 16h do dia antes da minha bateria e ainda não tinha surfado na Califa e nem prancha tinha.

Liguei para o Gian da Lost e fui ver se tinha uma prancha para mim. Acabei comprando uma prancha usada com mais ou menos minhas medidas e aceitei a situação.

No dia seguinte me senti melhor e fui testar a prancha. Odiei ela. Dura e lenta, colada na água. Não funcionava para aquelas condições de Huntington Beach.

Saindo do surfe o Yufu (team manager da Sharpeye) viu minha cara e resolveu me ajudar, acabamos pegando uma prancha do Jessé Mendes. Fui para água pegar duas ondas.

Imediatamente achei melhor que a outra prancha e resolvi ir com ela. Faltava duas horas para minha bateria. Os gastos para estar aqui são de quase R$ 10 mil
de passagem, R$ 2,5 mil de inscrição e agora estava prestes a competir com equipamento emprestado.

Já cansado de fazer dois surfes no sol de verão depois de quase uma semana sem surfe e de cama fui competir e não deu outra. Dois pares de 3 e pouco (pontuação), nenhum milagre.

Aconteceu só o mais provável. Perdi e agora estou tentando achar passagem para voltar para casa pra ver minha família antes do próximo campeonato que começa no Chile daqui a 10 dias.

E minhas pranchas nunca mais chegaram.