Mais um ano de altas ondas na Indonésia. Depois de surfar um big swell em 2015, me deparei com outra ondulação histórica, marcando 12 pés e 16 segundos de período.
Não sabia se surfaria mais uma vez em Uluwatu, tentando pegar as bombas, ou se iria para outro pico. A questão é que Uluwatu estaria grande mesmo, com tubos correndo em uma velocidade quase que impossível de surfar.
Foi quando meu amigo, Kailani Jabour, experiente em tubos e surfista profissional, veio com a ideia de surfarmos G-Land, lugar que ainda não conhecia, mas já visto em muitos filmes de surfe as tubulares ondas com várias seções.
Enquanto me perguntava se realmente esse swell seria bom para G-Land, outro grande amigo, o Feijão, que mora há anos na Indonésia, enviou uma mensagem dizendo que já deveríamos estar por lá.
Como na Indonésia não esperamos muitas ondulações gigantes como esta, minha maior prancha era uma 6’7”. Lembrei que no swell de 2015 tinha surfado com uma 7’2” emprestada pelo Sylvio Mancusi.
Lembrei que ele guardava algumas de suas pranchas aqui em Bali na casa do Feijão. Realmente era meu dia de sorte. Liguei para o Sylvio, que no final emprestou duas pranchas, uma 7’2” para eu usar e outra 7’10” para o Kailani, que chegaria no dia seguinte.
No dia do swell, 19 de julho, arrumamos nossos equipamentos, alugamos um carro e partirmos para G-Land. Foi como um sonho realizado surfar essas ondas sem crowd e sem disputas, algo mágico para um surfista.
O experiente Kailani me apresentou esse lugar incrível com dicas desde como entrar na água até o nome de cada seção do pico. Todos os locais já o conheciam e acabamos ficando no Bobby’s Camp, aproveitando ao máximo o surfe e qualidade de vida que a Indonésia proporciona.
Só tenho a agradecer por estar cercado por bons amigos! Obrigado a todos que fizeram e fazem parte de tudo isso. Pena que nosso amigo Ike Azeredo ficou doente no dia e não pode registrar e filmar esses momentos alucinantes da viagem, mas os fotógrafos locais Donny Lopez e Norys Sick Shots garantiram o show de imagens.