A erupção do vulcão Kilauea segue trazendo destruição e forçando pessoas a deixarem suas residências em Big Island, a maior ilha do Havaí.
Pelo menos 26 casas já foram incendiadas em Leilani Estates, o bairro mais atingido. O governo havaiano já exigiu a evacuação do local e a maioria das 1.700 pessoas que vivem no bairro foi embora.
O Departamento de Pesquisas Geológicas dos EUA afirmou que o vulcão está despejando lava a mais de 100 metro de altura em alguns pontos.
A erupção do vulcão foi causada por uma série de terremotos, que continuam a dificultar a vida na ilha.
Um terremoto de magnitude 5,6 atingiu a parte sul do vulcão por volta das 11:30 horas da manhã da última sexta-feira (4) e foi seguido cerca de uma hora depois por um tremor de magnitude 6,9.
Uma combinação de gás nocivo, fluxo de lava e novos tremores também deixa a comunidade em alerta.
Até a manhã da última segunda-feira (7), dez novas fissura foram abertas no bairro e pelo menos outras nove estruturas foram destruídas, segundo relatos de autoridades locais.
“Esse número pode aumentar”, disse Janet Snyder, porta-voz do governo havaiano, à agência de notícias AP (Associated Press).
Enquanto isso, nos últimos dias, alguns fotógrafos seguiram as fissuras, publicando fotos e vídeos dramáticos de lava respingando no ar ou escorrendo pelas estradas.
“Estar no Havaí é viver perto da lava, você se acostuma com a maneira como ela se comporta e assim você se sente confortável em torno dela”, diz o vulcanologista Wendy Stovall, do Serviço Geológico dos Estados Unidos, ao jornal Washington Post. “Os fluxos de lava são fascinantes. Eu entendo por que as pessoas querem vê-las, mas não é aconselhável. É uma situação perigosa”, afirma.
O governador David Ige já declarou estado de emergência desde a última semana para mobilizar todos os serviços e recursos de urgência do Estado ligados a catástrofes naturais.