A corporação dos salva-vidas da Segurança Oceânica de Honolulu, no Havaí, é uma referência quando o assunto é salvamento aquático em condições extremas. Eles formam um grupo selecionado de 56 pessoas. Todos têm experiência na água, seja como surfistas de ondas grandes ou nadadores competitivos.
O grupo é responsável por proteger a extensão das “Sete Milhas Milagrosas”, que inclui as mundialmente famosas Waimea, Sunset, Rocky Point e Pipeline. Na reportagem do canal News Now que abre essa matéria, Dave Wassel, que está na Segurança Oceânica de Honolulu há 18 anos, chama os dias de ondas grandes de “diamantes negros”, em referência às trilhas íngremes na neve.
Já o veterano salva-vidas havaiano Tau Hannemann conta que esteve envolvido em muitos resgates arriscados. Ele estava de serviço em Pipe quando, em 2020, o big rider local Kohl Christensen tomou uma vaca sinistra e passou por uma situação realmente apavorante.
“Tive um traumatismo craniano, meu crânio foi esmagado e fiquei inconsciente”, disse Christensen, acrescentando que não se lembrava realmente do incidente – apenas daqueles que correram para salvá-lo.
“Minha primeira visão após o acidente foi olhar para esses anjos: os salva-vidas. Lembro-me deles me cercando, eu com uma máscara de oxigênio e um colar cervical”. “A massa encefálica estava saindo da minha cabeça”, completou.
Christensen também disse que os surfistas o mantiveram acima da água até que os salva-vidas em Jet Skis se apressaram para ajudar, colocando-se em perigo também. Após o perrengue em Pipe, ele ajudou a iniciar o programa BWRAG, que significa Grupo de Avaliação de Risco em Ondas Grandes.
O BWRAG ensina técnicas de salvamento aquático para entusiastas, incluindo adolescentes. Milhares passaram pelo programa desde que começou em 2011, após a morte do surfista de ondas grandes Sion Milosky.
“Houve inúmeras histórias de pessoas usando as habilidades que aprendem nos encontros”, disse Christensen.
Os surfistas dependem uns dos outros na água, porque podem chegar rapidamente aos feridos até que os salva-vidas consigam atravessar a arrebentação. Maddie Anzivino é a única salva-vidas feminina do North Shore.
“Recebemos turistas de todo o mundo que simplesmente não têm a experiência no oceano ou o conhecimento da água”, disse Anzivino.
Aos 31 anos, ela é uma das mais jovens a fazer parte da equipe e credita aos seus colegas de trabalho por ajudá-la a avançar na área.
“Estou aprendendo com eles todos os dias e sei que posso contar com os rapazes se algo der errado”, finaliza.
Fonte Hawaii News Now