A história da resistência do povo havaiano contra a dominação cultural norte-americana posiciona os nativos do arquipélago, adquirido pelos Estados Unidos em 1898, como oprimidos por uma cultura totalmente diferente da sua. A nação indígena havaiana enfrentou essa opressão com diversas formas de resistência, incluindo os famosos Black Trunks e outros movimentos que lutam para manter viva a cultura polinésia.
No contexto do surfe, e no esporte em geral, a representação de pessoas pretas ainda é limitada – um fato incontestável. No Brasil, podemos destacar nomes como Victor Bernardo, atualmente patrocinado por uma marca internacional, além dos irmãos Dantas, Wiggolly e Wesley, e Sunny Pires de Búzios, entre outros.
No curta-metragem MAKAI, o diretor Loris Russier apresenta a visão de Julian Williams, um surfista negro nascido no Havaí, que se sente excluído no mundo do surfe – uma contradição, considerando a história de opressão do povo havaiano. A narrativa do filme explora o intenso preconceito racial que Williams enfrentou em sua jornada. Nascido e criado no paraíso do surfe, ele é um surfista amador que busca a profissionalização.
Atualmente morando em Los Angeles, está Julian Williams determinado a se tornar o primeiro surfista profissional afro-americano do Havaí. Seu estilo de surfe, ao mesmo tempo elegante e radical, contrasta fortemente com o preconceito racial que enfrentou para chegar onde está, evidenciando a complexa hierarquia étnica que persiste no estado insular.
O curta-metragem MAKAI acompanha a trajetória de Williams, capturando a deslumbrante paisagem natural do Havaí e o racismo que manchou sua experiência de vida.
Fonte Now Ness