Duante sua viagem de motocicleta pelo leste da Indonésia, Tom de Souza decide explorar a costa sul de Sumba, direcionando sua atenção para Nihiwatu e a controvérsia de reservar uma onda exclusivamente para hóspedes ricos.
Nihiwatu não foi a primeira onda do mundo a ser exclusiva. Esse título pertence a Cloudbreak e Restaurants, controladas pelos americanos Dave Clarke e Scott Funk. Clarke e Funk foram pioneiros em concretizar essa ideia, mas não os primeiros a tentar.
O americano Mike Boyum sonhava em transformar Grajagan em seu próprio surf camp, mas um grupo de surfistas determinados que chegavam de carro ou barco em G’Land impediu seu sucesso. Eventualmente, a reputação sombria de Boyum destruiu sua visão.
O que Boyum não conseguiu, Clarke e Funk realizaram, e Claude Graves seguiu seu exemplo, embora elevando os padrões: Nihi foi eleito o Resort do Ano pela Travel & Leisure cinco vezes.
A busca por luxo de Graves financiou a Fundação Sumba, uma iniciativa nobre que proporcionou ajuda médica e educacional aos moradores locais.
Além de Graves, de Souza também conversou com Petu, um homem sumbanês que trabalhou como salva-vidas no resort Nihi, mas saiu por razões éticas.
Bônus track
“Na minha opinião, isso não é bom”, diz Petu. “Não é o espírito do surfe. Mesmo sendo locais, não podemos surfar lá.”
A experiência de Petu demonstra que, mesmo com boas intenções, iniciativas como a de Claude Graves ao estabelecer o Nihi acabam sendo mais uma forma de interferência em assuntos locais.
Fonte Scenic Route