Tipe Saboya é meu parceiro de aventuras na Indonésia desde 1989.
Surfista, mergulhador, piloto de asa delta e parapente, snowboarder e kite surfista, nos últimos anos Tipe vem se dedicando ao foil surfing, um pioneiro do esporte aqui na Indo.
A seguir, um rápido bate papo com Tipe Saboya em que ele explica sua história com o foilboard. No vídeo acima, Tipe Saboya curte as extensas esquerdas durante o último swell no dia 1 de agosto.
Como foi seu começo no foil surfing?
Fiquei fascinado quando vi um video de foil pela primeira vez. E quando vi ao vivo quis comprar o equipamento do surfista que estava aqui, mas ele não quis me vender. Paciência rsrsrs.
Em março de 2018, um amigo querido fez a gentileza de me trazer um equipamento completo do Hawaii, quando me tornei o primeiro brasileiro a praticar foil surfing na Indonésia.
Desde então, fiquei completamente viciado e nunca mais parei.
Não havia ninguém para me ensinar e não foi fácil. Mas eu estava muito determinado a aprender esse novo esporte. No início, pegava só a espuminha, depois comecei a fazer alguns drops e curvas com velocidade.
A sensação era de puro êxtase.
Como foi surfar rebocado de foil no último grande swell de 1 de agosto?
Na remada você não consegue pegar ondas grandes. Para tanto, é necessário um jetski.
Foi quando conheci Stefan. Ele tinha acabado de comprar um jetski e precisava de um parceiro. Fizemos alguns treinos em ondas medianas para estar preparados para o dia do grande swell.
O plano era surfar na hora do almoço, com maré cheia, na expectativa de encontrar um line up sem surfistas.
Quando chegamos a Uluwatu, já havia sete jetskis de tow surfing no Bummies, mais de vinte surfistas no Outside Corner, e Padang Padang com séries fechando o canal. Os picos estavam lotados de surfistas. Idem em Impossibles. Resolvemos, então, investir em Balangan e deu certo!
Ficamos praticamente sozinhos no pico, mais de cinco horas extendendo nossos limites a cada onda surfada. Foi incrível !
Em alguns momentos a velocidade chegava a quase 60 km por hora. E não foi fácil controlar a altura de planeio, sem deixar a asa sair da água, ou a prancha tocar a onda.
Chega a ser difícil fazer a leitura da onda, pois quando a velocidade aumenta, mal dá para olhar pro lado.
O que você diria para quem quer começar o foil surfing?
Compre seu próprio equipamento. Escolha um equipamento para iniciante. Proteja-se com roupa de borracha e capacete. Use cordinha, e, se possível, aprenda sendo rebocado por um barco numa lagoa sem vento. Tome muito cuidado para não machucar alguém. E nunca desista!
Assista mais vídeos no canal Darcy Filho.