Os tubarões são vistos por muitas pessoas como um animal a ser temido, mas cientistas resolveram usá-los como forma de mapear um ecossistema de ervas marinhas. Em artigo publicado pela Nature Communications em 1º de novembro, um grupo de cientistas descobriu uma enorme floresta subaquática em Bahamas, na região do Caribe, contando com a ajuda desses animais.
Pode não parecer algo tão relevante, mas esse achado amplia em mais de 40% a cobertura vegetal marinha atualmente conhecida. A área descoberta no estudo corresponde a 92 mil quilômetros quadrados que foram observados entre 2016 e 2022. Esses dados são importantes pela enorme dificuldade em mapear esses ecossistemas a partir de imagens aéreas ou de satélites.
Como os tubarões foram usados?
A escolha por tubarões para atuar no mapeamento ao invés de mergulhadores e submarinos é logística. Os tubarões são mais rápidos e baratos do que as outras opções. O uso de humanos para tal função exigiria um alto investimento em equipamentos e mais tempo, devido a necessidade de precisar submergir.
O mecanismo usado pelos pesquisadores foi amarrar câmeras nas barbatanas dorsais dos animais. Os dispositivos eram equipados com tags de satélite e rádio, além de uma braçadeira biodegradável e um giro de liberação com um curto tempo de dissolução. Após seis horas no fundo do mar o giro se dissolvia e a câmera emergia com os dados recolhidos pelos tubarões.
Os pesquisadores também estudam a possibilidade de repetir a tática com mamíferos marinhos. Os resultados ainda vão permitir uma análise mais profunda sobre como essas plantas aquáticas atual no “sequestro” de carbono no meio ambiente.
Fonte Olhar Digitar