Novo gênero

Esponjas ETs descobertas

Cientistas descobrem "esponjas ETs" nas profundezas do Oceano Pacífico.

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O fundo do Oceano Pacífico guarda seres para lá de interessantes. A 2,4 quilômetros de profundidade, próximo a um vulcão submerso, cientistas encontraram uma “floresta de estranhos”, repleta de espécies exóticas como os corais Rhodaniridogorgia e Narella.

Mas uma esponja de vidro em especial chamou a atenção. O animal tinha um corpo fino e alongado, combinado a uma “cabeça” em formato de melão com dois buracos. Os orifícios do ser lembravam olhos arregalados e renderam a ele o apelido de ET, em homenagem ao personagem criado por Steven Spielberg.

A esponja foi coletada com auxílio de um rover aquático, controlado através de um cabo ligado a um navio na superfície. O animal foi levado para o Museu Nacional de História Natural Smithsonian, nos EUA, e estudado por Cristiana Castello Branco.

Como explicou ao The Guardian, não demorou muito para que a cientista concluísse que o espécime não remetia apenas a uma nova espécie de esponja, mas sim a um novo gênero. O ser misterioso recebeu o nome de Advhena magnifica, que significa “o magnífico alienígena”.

No vídeo, é possível notar que todas as esponjas têm seus orifícios voltados para a mesma direção. A pesquisadora levanta a hipótese de que o animal está se orientando com o objetivo de capturar partículas flutuantes trazidas pela corrente para se alimentar.

Esponjas encontradas em mares rasos absorvem a água do mar através de pequenos orifícios presentes em seu corpo, filtrando as partículas e exalando novamente a água a partir de buracos maiores. As esponjas ETs, por sua vez, habitam uma região com menos oferta de comida. Assim, ter seus grandes “olhos” recolhendo altas quantidades de água acaba sendo mais vantajoso para sua sobrevivência.

Por enquanto, a Advhena magnifica só foi encontrada em dois lugares: próxima ao vulcão no Pacífico e a milhares de quilômetros a oeste, perto da Fossa das Marianas. Porém, a cientista Castello Branco acredita que, no futuro, pesquisadores poderão encontrar as esponjas em outros montes submarinos.