Aproveitando o início das férias, alguns atletas da nova geração do surfe brasileiro desembarcaram no dia 12 de dezembro em Lobitos, Peru. O time foi composto por atletas de diversos locais do Brasil, com idades entre 11 e 16 anos.
Dentre os surfistas estavam os paranaenses Ryan Coelho e Yohhan Ivanoski, os fluminenses Sunny Pires e Maurício Amorim, o cearense Thiago Eduardo, o potiguar Fabrício Rocha e os paulistas Davi e Noah Reina.
O grupo de atletas ficou treinando por duas semanas no norte do Peru, local conhecido pela ótima qualidade das ondas e pela constância em que recebe as ondulações.
Durante o período de 15 dias em que estiveram em solo peruano, os atletas foram capitaneados e treinados pelo coach Alessandro Coelho, que divide sua agenda e rotina de trabalho entre as atividades de advocacia e coaching com atletas de alto rendimento.
A garotada ficou reunida em um modelo de surf camp e tiveram uma rotina de longos e intensos treinos diários, sempre com foco nas atividades dentro da água, com o objetivo principal no aperfeiçoamento da parte técnica, competitiva e mental.
“Ao longo dos dias, os atletas tiveram sua rotina de treinos filmada e posteriormente analisada, visando identificar de forma individual e coletiva os pontos mais e menos desenvolvidos de cada atleta, para posteriormente, através de exercícios e outras ferramentas, ajudar cada um a desenvolver novas habilidades, e aperfeiçoar as qualidade existentes”, conta Coelho
Ainda segundo o treinador, reunir atletas de diversos estados, idades e níveis técnicos para treinar juntos em um local com ondas de qualidade, otimizou muito o desenvolvimento do time, pois além da aprendizagem natural, cada atleta trouxe na bagagem uma grande experiência pessoal, que ao longo dos dias, foi compartilhada com os demais.
“No entanto, cada atleta tem sua individualidade, seja técnica, mental ou cultural, e talvez esse seja um dos grandes desafios, pois entender e identificar o que é melhor para cada atleta é sempre desafiador. Porém, dia após dia, foi possível cumprir a missão principal do encontro, que é conseguir que cada atleta chegue no brasil mais desenvolvido e com boas histórias para contar”, relata.
“É muito gratificante ensinar e trocar experiências com essa garotada, pois apesar de não ter sido um atleta profissional do surfe, os mais de 15 anos de experiência adquirida como atleta amador, os 30 anos como free surf, algumas viagens internacionais, uma vida de amor pelo esporte, e muitos anos nos bancos da faculdade, me deram uma bagagem de vida e acadêmica, para ensinar um pouco, e para ajudar no desenvolvimento da nova Geração, seja como atletas ou como cidadãos”, completa Alessandro.
Durante o tempo que restou a galerinha aproveitou para passear e conhecer um pouco da cultura local, sem falar da diversão diária.