Após duas semanas de muita chuva em Santa Catarina, o sol enfim apareceu para alegria dos turistas que frequentam o litoral sul do estado nesta movimentada época do ano.
Mas o clima tropical durou pouco. A quilômetros dali, em frente ao estado do Rio Grande do Sul, um ciclone extratropical ganhou força e chamou a atenção das autoridades e dos surfistas. O comunicado meteorológico avisava que uma forte ressaca de sul atingiria em cheio os litorais Sul e Sudeste do Brasil.
Pouco antes do final de semana, o Surfland Big Waves Brasil recebeu o sinal verde para a transmissão ao vivo deste primeiro big swell de 2021. Porém, no check-in realizado no sábado (6) no pico do “Quebra-Ossos”, em Laguna, o sinal vermelho foi dado, já que o pico não apresentou condições para a remada.
Assim, aqueles surfistas que participariam da transmissão resolveram se deslocar para as praia em condições. Silveira, Joaquina e Cardoso viraram alvos desta galera sedenta por emoção e adrenalina.
As bombas atravessavam o litoral catarinense ainda com muita força e pouca formação no sábado. Mas um parâmetro de como ficariam as condições no dia seguinte foi estabelecido, e muitos também se jogaram no infinito mar de espuma branca que transformou o cenário de muitas praias da região.
Ainda no sábado, Henrique Buchele (@henriquebuchele) já estava posicionado na Praia do Rosa, Imbituba (SC), para não perder nenhum momento. O Rosa era, naquele momento, o pico mais protegido da costa. E, enquanto a galera esperneava para chegar lá fora e achar uma bomba, ele tentava enxergar distante alguém vindo em uma da série.
No domingo (7), o swell perdeu um pouco de força mas, generosamente, se alinhou para acertar em cheio a Praia da Vila. Até as 10 horas da manhã, o surfe correu solto no Canto da Vila, e os registros não deixam mentir. Após isso o vento apertou, mas a galera saiu de cabeça feita.