Os surfistas são um pouco obcecados com o que fazem. Quando não estão na água, estão sonhando com ondas, vendo-as onde elas não existem. Pode parecer preocupante, mas foi isso que levou à prática do surfe no Barreiro, Portugal, que antes era considerada uma loucura e hoje em dia é quase normal.
Se a obsessão de surfistas locais como Ricardo Carrajola não os tivesse feito vislumbrar a pequena onda que se formou quando o embarcação cruzou o Rio Tejo do Barreiro para Lisboa, esta tradição não existiria.
A mesma linha de pensamento levou João Kopke e Luís Perloiro a se perguntarem: “E a embarcação do Montijo?”. E perceberam que esse barco também deixou um rastro surfável ao passar pela Ilha do Rato – uma ilha no rio que costumava ser um local importante para o (hoje extinto) comércio de ostras em Portugal. Chamaram o cinegrafista André Pinto para se juntar a eles e começaram a trabalhar.
A logística de surfar essa onda era complicada. Mas o sonho persistia, e os surfistas pediam conselhos a alguém com experiência em transformar o impossível em realidade. Foi assim que eles acabaram em um barco de pesca com Carrajola ao amanhecer, rumo à ilha. O mesmo barco os pegaria no final do dia – até então, eles estavam por conta própria. Mas, mesmo com pequenas ondas que se formavam apenas uma vez por hora, a vida na ilha com os amigos era agradável, e ninguém estava exatamente com pressa de voltar.
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